Na beira do mundo
neste lugar a beira de um mar fechado
pessoas trabalham
como se ultimo dia fosse hoje
um dia de sol
pombos cinza comem o desespero da vida
pessoas trabalham
como se não tivesse amanhã
pombos cinza comem no cais do porto
entre suor e voos desesperados
escorre um maçaroca espessa
a massa desajustada de se estar vivo
Vivaldi e seu violino
comandam este cenário
cada passo
cada voo desajeitado
uma nota de um agudo interno
um caminhar voando de pés descalços
lá vem ele
o homem e seus cachorros
faz voar todos os pombos
na harmonia da vida
as notas espalharam-se no ar
notas que sabem voar
já passou os dentes da raiva
aos poucos a musica vai ganhando pombos
de uma nota profunda
sem partitura que oprima os agudos que caiem da beirada
só os pombos compõem o cenário da vida
volta o homem e seus cachorros
e lá vai minha musica incompleta
voando feliz de voar
eles não voltam tão cedo agora
sabem voar alem de minha musica
ficar não é preciso para eles
eis que sobrou o metal
o mar
e uma vaga lembrança do dia
aquele dia
que fiz um poema de pombos e musica
e este dia passou
sábado, 25 de junho de 2011
Na beira do cais
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Alan Figueiredo
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terça-feira, 21 de junho de 2011
Ontem eu fui filosofo existencial?!
Ontem fui uma verdade que não entendo
palavra alguma me diria o que fui ontem
tanto sonho que me confundo
não sei quem sonhou meu sonho de fato
tanto nada pra coisa alguma
de que valem as palavras?
só mesmo estes versos
que trago no bolso
de uma camisa rasgada
para dizer este nada
de profundeza alguma
palavra alguma me diria o que fui ontem
tanto sonho que me confundo
não sei quem sonhou meu sonho de fato
tanto nada pra coisa alguma
de que valem as palavras?
só mesmo estes versos
que trago no bolso
de uma camisa rasgada
para dizer este nada
de profundeza alguma
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Alan Figueiredo
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Ser mesmo criança
Por um instante fui criança
eis que me vi mais velho
braba por fazer
mas
sou criança em todos os tempos verbais
no instante em que sou criança
erro buscando a verdade
tão certo que não me engano
porque um dia fui criança
criança em todos os tempos verbais
fui já sendo criança
e agora como deixar de se-lo?
sou, fui ou serei não importa
sou criança em todos os tempos verbais
eis que quando criança
nasci assim em todos os tempos
não sei ser outra coisa
mesmo com a barba por fazer
ainda sou aquela criança
descalça e feliz
vou brincando pelo caminho
sem medo de pedras ou cacos de vidros
sou criança em todos os tempos verbais
eis que me vi mais velho
braba por fazer
mas
sou criança em todos os tempos verbais
no instante em que sou criança
erro buscando a verdade
tão certo que não me engano
porque um dia fui criança
criança em todos os tempos verbais
fui já sendo criança
e agora como deixar de se-lo?
sou, fui ou serei não importa
sou criança em todos os tempos verbais
eis que quando criança
nasci assim em todos os tempos
não sei ser outra coisa
mesmo com a barba por fazer
ainda sou aquela criança
descalça e feliz
vou brincando pelo caminho
sem medo de pedras ou cacos de vidros
sou criança em todos os tempos verbais
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Alan Figueiredo
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domingo, 12 de junho de 2011
Mais Uma
Aqui estou parado
ante o inevitável
meus olhos desesperado
apoiam meus ombros de cabeça baixa
um carro que passa
um corpo no chão
sim
mais um dia na cidade imunda
vamos morrendo
assim vivendo
secando o sangue com toalhas brancas
na limpeza profunda
perfeitamente limpo deve ficar!
Ordens dadas do general limpeza
meus olhos não podem ver de todo
mas glóbulos vermelhos escaparam?
Sim eu sei
mas não os vejo e que assim seja
limpo
como o chão deve ser
olhos grudados na janela de um vidro
de um outro lado que não acredita
mas sim
sangue escorre na calçada
bombeiros que não se abalam
limpam o local imundo
imaculado
mas toalha alguma há de limpar a morte
e a sujeira imunda deste cinza escuro
que brota das entranhas dos prédios
das cores dos carros
da vida vivida no abismo coisas
a sujeira somos nós
um metal com uma graxa grudenta
separando olhos nos vidros escuros
para não vermos quão sujo e imundo
vai nosso pé naquela calçada
mais uma morte
mais um numero
mais um dia
e assim levamos a vida
ante o inevitável
meus olhos desesperado
apoiam meus ombros de cabeça baixa
um carro que passa
um corpo no chão
sim
mais um dia na cidade imunda
vamos morrendo
assim vivendo
secando o sangue com toalhas brancas
na limpeza profunda
perfeitamente limpo deve ficar!
Ordens dadas do general limpeza
meus olhos não podem ver de todo
mas glóbulos vermelhos escaparam?
Sim eu sei
mas não os vejo e que assim seja
limpo
como o chão deve ser
olhos grudados na janela de um vidro
de um outro lado que não acredita
mas sim
sangue escorre na calçada
bombeiros que não se abalam
limpam o local imundo
imaculado
mas toalha alguma há de limpar a morte
e a sujeira imunda deste cinza escuro
que brota das entranhas dos prédios
das cores dos carros
da vida vivida no abismo coisas
a sujeira somos nós
um metal com uma graxa grudenta
separando olhos nos vidros escuros
para não vermos quão sujo e imundo
vai nosso pé naquela calçada
mais uma morte
mais um numero
mais um dia
e assim levamos a vida
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Alan Figueiredo
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20:04
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quarta-feira, 1 de junho de 2011
Discurso Vazio
Na cidade pessoas andam
neste fim de tarde
como se a casa fosse nos libertar
sim libertar entre paredes
chego em casa
tiro a mascara de servo para tomar banho
me enxugo bem devagar
esquecendo as costas porque não?!
agora sim sou livre
livre até os olhos e ouvidos de meu vizinho
livre até o ronco de meu estomago
eis que comi um bom pão com manteiga
esta na hora de pensar agora
não esta?
Mas ligo a TV
e pensam por mim
cada propaganda
é uma espera
ainda vou conseguir desliga-la
e quando faço meu sono me pega de jeito
a culpa de não pensar livre é de Orfeu
Não, espera ai! eu não poderia pensar nestas coisas
se pensam por mim quem é este que escreve
um eu totalmente alheio e esquizofrênico
ou talvez apenas uma incoerência eu-lirica
neste mar de incoerências
o que não seria mais uma
eu que não penso pensar
eu que não falo falar
sim é assim que andam as coisas
e assim que vai continuar andando
enquanto eu puder desligar a TV
vou continuar acreditando na humanidade
neste fim de tarde
como se a casa fosse nos libertar
sim libertar entre paredes
chego em casa
tiro a mascara de servo para tomar banho
me enxugo bem devagar
esquecendo as costas porque não?!
agora sim sou livre
livre até os olhos e ouvidos de meu vizinho
livre até o ronco de meu estomago
eis que comi um bom pão com manteiga
esta na hora de pensar agora
não esta?
Mas ligo a TV
e pensam por mim
cada propaganda
é uma espera
ainda vou conseguir desliga-la
e quando faço meu sono me pega de jeito
a culpa de não pensar livre é de Orfeu
Não, espera ai! eu não poderia pensar nestas coisas
se pensam por mim quem é este que escreve
um eu totalmente alheio e esquizofrênico
ou talvez apenas uma incoerência eu-lirica
neste mar de incoerências
o que não seria mais uma
eu que não penso pensar
eu que não falo falar
sim é assim que andam as coisas
e assim que vai continuar andando
enquanto eu puder desligar a TV
vou continuar acreditando na humanidade
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Alan Figueiredo
às
22:50
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