sábado, 30 de abril de 2011

Minha materialidade poetica

Ola a todos ou ...
nossa!  como isso aqui ta agitado ?!
vou tomar um pouco do cefe frio
o pão de queijo de ontem (que por sinal é muito bom)
e a poesia e a prosa aonde se encaixa?
dizem que a vida moderna
matou o velho do tempo
e apertaram o botão do FF
como isso já é velho
agora se usa setas no DVD!
ah que seja!
o que fizemos com o tempo ?
otimizamos ou nos sobre-carregamos?
carregar a si mesmo?
eta tarefa dificil
talvez só nos desenhos de waldisney
pois é como no desenho
fotos que formam o todo
os olhos não percebem mesmo?
enganos profundos da visão
eu quero apertar o play!
mas não posso!
não deixam!
a TV faz o tempo corrido
e eis que ouço a maior das mentiras pregadas
"o dia bem que podia ter 30 horas"
já tem banco neste mundo!
o que mais falta neste dia de 30 horas?
sei lá voces
venham com agente diria a TV!
e vamos desavisados
assim cegos para as fotos de um desenho sombrio
Ah chega!
ecos ecom ainda chamando Narciso
vou dar dois paços atras
e ver o fime de novo
e de novo se for necessário
e em uma rarissima materialidade poetica
vou reduzir minha carga horaria nesta faculdade
e cursar semestre que vem
apenas duas cadeiras
porque tempo é que não me falta
Até Alan

Poema publicado na faculade de filosofia

terça-feira, 26 de abril de 2011

Sobre a TV

Enquanto eu ainda puder desligar a TV
continuarei acreditando na humanidade

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Idiotismos milenar

O mato invadiu o asfalto
ah isso não pode
podemos nos transitar em paz?
Sem que a vida salte ante os olhos?

Eis que uma flor
brotou entre as grades da auto-estrada
e gritaram os desacordados
“chamem a companhia responsável!”

a companhia chegou
chegou também um maquinário pesado
pronto a degolar o mato que não presta
a vida que nos resta

o equipamento ligado
cortaram a flor que invadia o asfalto
ah mas isso já se faz a milênios
matar flores para celebrar a vida

o que é então matar a flor
para liberar a via?

sábado, 9 de abril de 2011

Diagnóstico

Eis que o senhor tem um leve altismo
uma esquizofrenia rasa
uma bulcite cronica
e uma vontade de viver moderada

sim Doutor
e meus poemas?
ah estes ai coitados
nem mesmo um tango Argentino

domingo, 3 de abril de 2011

A borboleta

Uma borboleta entrou pela janela
pousou na estante
como se fosse fazer parte da família
sim pousada na estante

entrou na conversa
pediu licença
e voou de volta
deixando uma solidão profunda no peito

olhei pela janela
e a vi voar livre
como voam as palavras

e voei sozinho naquela tarde

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Dandara dos Palmares

Dandara ialê de Ganga Zumba


Dandara o rei morreu
o ganga amante das almas
do ódio cravado no peito
a base de chicotada

Dandara o rei morreu
levando seu filho no ventre
filho da escuridão e do vento
Dandara caminha na mata

Dandara das águas
do tempo passado
das eras passadas

Quilômetros da Africa
passos curtos na mata
nas guerras os pés de Dandara
dança no fundo das eras

Dandara o rei morreu
nosso rei negro
Dandara caminha pra longe
levando um filho no ventre

Dandara se esconde
e o ganga menino nasceu
filho do vento e de Dandara

eis que nasceu um menino
da cor do Brasil
do ventre de Dandara
Nasceu o ganga Brasileiro

o ganga sem palmares
ganga nascido nos fundos das eras
no ventre de Dandara
Nasceu o ganga Brasileiro