quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O capital e o mercado

Deposito no silencio
toda esta espera
cheia de contemplação
para com tudo que vejo

revejo no silencio
aquele ponto mal disfarçado
que vai desfiando a mascara que uso
este teatro de fantoches comerciais

Quem há de desfiar meu fantoche
meu engodo carregado de desespero
esta ânsia de vontade conciliadora
este eu no palco das efemeridades profundas

tenho forças para tal empreitada?

Desafiar a maquina de fantoches
e seus deuses caídos de um helenismo podre
deuses do enterimento patético
com uma humanidade para com todo não-humano

deuses do rir a toa e dos números da querencia
pregam as pessoas com martelos virtuais
ativam metralhadoras com o apertar de dedos
e sorrisos de uma sutileza cruel

negociam vidas e espaços no tempo

negócios e créditos inexistentes
a crença é sua mais alta moeda
dos crédulos fervorosos do capital
com uma ignorância profunda para a vida

medem a vida com moedas ocas
recheada desta ignorância pregada no jornal
de um falar para tolos
rir é o remédio desta depressão cronica

subam no palco e compartilhe sua depressão
com a mais cruel das gargalhadas
insultem a plateia e seus farfalhar tolo
seu remexer na realidade torta

e cantem nas esquinas e nos bares

salve o pão e a morada
a cerveja e a ignorância
e porque não os milionários