segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Tempos estranhos




O sons corroem o silêncio
Retiram do nado sua existência
Perene existência sonora
Vibrações de minhas cordas internas

Se harmonizam com o que devo desejar
Ou devo ser
No fundo o que devo
é prosseguir vibrando vivendo

Mas Gerundiar os verbos
Não resolve nada
Os sons continuam latejando cá dentro
Ecos muito alem de minha querência

Ecos de uma realidade
Que não concordo não controlo
E se esfarelam no vento de minhas retinas
Se escondem no fundo de minhas palavras

Não vou lutar esta luta vã
Não vou me embrenhar neste radicalismo torto
Mas os ecos teimam em ecoar
Mantenho-me ereto e alerta

Me Reservo ao espaço do silencio
Agarro-me a História
E me convenço
Isso vai passar

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Aos poetas


O poeta é aquele que caminha nas sombras das palavras
Degusta cada verso
Cada estrofe
Cada metáfora

O poeta destila do silêncio sua própria música
Música interna das palavras
Nas rimas ele é flui desinteressado
Como o pulsar da vida

Os nossos poetas tem o silêncio é a saudade
Uma solidão fundada pela História
Feridas profundas
Lavadas nas águas de um oceano Atlântico

Nossos poetas são amazônicos
Andinistas, pantaneiros, sertânicos ...
E toda adjetivancia
Que não se substantivou

Nossos poetas são poetas
Comum, regulares geniais
Poetas do lado de cá do Atlântico
No avesso da história

Ainda poetas

Inúteis e indispensáveis