terça-feira, 23 de julho de 2013

Manifestações da minha solidão


Protesto contra minha autoridade
Contra este eu supremo do ego
Quem há de entender este ditador?

Protesto contra a solidão programada
Anúncios de praticidades alguma
Quem há de viver assim tão só?

Protesto contra as maquinas auto suficientes
Mentiras coloridas pela inocência
Quem há de ver todas as fotos?

Protesto aos que não sabem protestar
O grito não resolve tudo
Quem há de me condenar?

quinta-feira, 11 de julho de 2013

O tempo de Secchin

Poemas dedicado a Antônio Carlos Secchin
O seu dizer e redizer
é uma aventura para o portal do tempo e do
ser


A criança a espiar a janela
a ver o tempo amarelar tudo
por dentro das molduras
outros mundos
outras pulgas

No tempo de vovó
não tinha esta saudade a corroer
o feijão era bom
como nunca voltará a ser

nesta evolução de lugar algum
Eis que ficou a criança
a espiar tudo por de traz dos óculos

Dentro da criança
todos os mundos
todas as pulgas

E o mundo ficou a espiar a janela
vendo a criança amarelar tudo
dentro de vovó
ficou só a saudade do feijão

no mesmo mundo
nas mesmas pulgas

e tudo sempre foi sério
menos as pulgas
que eram tudo