quinta-feira, 11 de julho de 2013

O tempo de Secchin

Poemas dedicado a Antônio Carlos Secchin
O seu dizer e redizer
é uma aventura para o portal do tempo e do
ser


A criança a espiar a janela
a ver o tempo amarelar tudo
por dentro das molduras
outros mundos
outras pulgas

No tempo de vovó
não tinha esta saudade a corroer
o feijão era bom
como nunca voltará a ser

nesta evolução de lugar algum
Eis que ficou a criança
a espiar tudo por de traz dos óculos

Dentro da criança
todos os mundos
todas as pulgas

E o mundo ficou a espiar a janela
vendo a criança amarelar tudo
dentro de vovó
ficou só a saudade do feijão

no mesmo mundo
nas mesmas pulgas

e tudo sempre foi sério
menos as pulgas
que eram tudo

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