terça-feira, 1 de novembro de 2016

Mal-entendido



Foi um mal entendido
Apenas mais um dentre tantos na vida
E como todo mal entendido
Foi-se costurando no destino

De não entender nada
Mas supormos tudo
Na verdade foram as palavras
Estas desordeiras da linguagem

Não
Não bote a culpa nas palavras
Foste tu meu caro
Que imprimiste sem cogitar

Então aceite o recado dado
Mesmo que no silencio
Ou com certas inferências
Que jamais possa revindicar

Aceite o destino
Porque não tem outro a barganhar
Mas também não alfinetes de mais
Este ego de poeta sofredor

Porque poeta bom
É poeta morto
Assim aprendemos na escola
Não basta ser poeta de ego melindroso

E quanto ao mal entendido
Me perdoe de ter
Ficado o dito pelo não dito
A intenção pela coisa

Ps: Fica aqui registrado
Neste versos mal acabados
Todo o meu perdão por qualquer mal entendido
Futuro passado ou presente

Porque no final
Não sei usar das palavras
As vezes eu as uso
As vezes sou usado