segunda-feira, 8 de maio de 2017

Elegia a Sócrates




Sentado no caminho ele pensava
Queria por em versos
Mas não sabia nada
Sua mão o desobedecia

O nó que o impedia
Esta nas almas dos homens
Incertezas que dói para alem dos justos
E os versos e as rimas nunca foram solução

São relicários de um tiro no peito
No centro de seu próximo passo
E ele fala de si como se fosse do outro
Porque assim lhe parece mais puro

Utopias de um pé que caminha
Porque não sabe caminhar
E atire o primeiro olhar
Aquele que sabe onde pisa

Mestre ... tu que era o homem
Mais sábio da Grécia
Não sabia

No fim
São só palavras diante da vida
ou um querer viver
ou morrer quem sabe

Não sei
Teu silencio nos guia
Assim como as cordas
Que seguram tudo onde deveriam estar

E ele se levantou mais pesado
Mais velho
O caminho não era o mesmo
A vida não era a mesma

O certos estão felizes
Enquanto certos
As esquinas ainda dobram
E não estar certo ... talvez

Seja a única certeza