Um dia quando era criança
minha vó me disse:
vou lhe fazer um casaco
eu cresci e o casaco crescia comigo
eu que esperava ansioso
não podia entende-la de todo
passaram anos
e ela veio me tirar as medidas
e perguntei?
Vó ainda não fez meu casaco
calma meu neto vou fazer um casaco
que você não perca quando crescer
passei alguns anos no frio
e chegou o dia tão esperado
ela segurando a peça
e meus olhos brilhando
sim um casaco
simples
tinha tudo que um casaco deve ter
mas esse era diferente
loja alguma venderia um casaco igual
este casaco é meu
minha vó é quem fez
tem amor nos pontos do crochê
sábado, 26 de março de 2011
Meu casaco
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Alan Figueiredo
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16:14
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sexta-feira, 25 de março de 2011
A metafísica de Platão
Eis que disseram que nada sei
e todas as coisas humanas transbordaram
entre a taça e o veneno
agora sou tudo até o cosmo tem pedaços de mim
pedaços de minha ideia de cosmo
uma alma que perpassa o inteligível
que já soube dos mundos que não sei agora
uma alma que me liga a tudo que existe
cavalos suprassensíveis
eis que toda criação
e não-criação
deriva do mundo inteligível
nas sombras vivemos
da caverna não saímos
sombras são meus corpos
na luz o verdadeiro princípio
as correntes, as amarras
não me deixam levantar
o movimento é necessário
Parmênides que me perdoe!
Não me engane o pensamento
por trás da ave o voo
da flecha a chegada
e do ser minha alma
sim, a mesma que preferiu
beber do veneno
à mentir a sua cidade,
queridíssima cidade,
cidade das sombras
das luzes que não se vê
da verdade velada
entes que não consigo abandonar nas sombras
ideias perfeitas demais
sobrando no mundo das crueldades humanas
e ele sonhou com o futuro
livre de amarras e sobras
amarras sensíveis
demasiadamente sensíveis
e dividiram o mundo em dois
em espelhos foscos de narciso
dois mundos
e uma alma
no meio o mundo lunar
homem não é casa e jamais será sapato
o que é, é!
Mas isso é a próxima estória
e todas as coisas humanas transbordaram
entre a taça e o veneno
agora sou tudo até o cosmo tem pedaços de mim
pedaços de minha ideia de cosmo
uma alma que perpassa o inteligível
que já soube dos mundos que não sei agora
uma alma que me liga a tudo que existe
cavalos suprassensíveis
eis que toda criação
e não-criação
deriva do mundo inteligível
nas sombras vivemos
da caverna não saímos
sombras são meus corpos
na luz o verdadeiro princípio
as correntes, as amarras
não me deixam levantar
o movimento é necessário
Parmênides que me perdoe!
Não me engane o pensamento
por trás da ave o voo
da flecha a chegada
e do ser minha alma
sim, a mesma que preferiu
beber do veneno
à mentir a sua cidade,
queridíssima cidade,
cidade das sombras
das luzes que não se vê
da verdade velada
entes que não consigo abandonar nas sombras
ideias perfeitas demais
sobrando no mundo das crueldades humanas
e ele sonhou com o futuro
livre de amarras e sobras
amarras sensíveis
demasiadamente sensíveis
e dividiram o mundo em dois
em espelhos foscos de narciso
dois mundos
e uma alma
no meio o mundo lunar
homem não é casa e jamais será sapato
o que é, é!
Mas isso é a próxima estória
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Alan Figueiredo
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18:42
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quarta-feira, 23 de março de 2011
Tiros em Copacabana
Deram tiros na face de um cara
ele só dizia a verdade por trás da cortina
da cortina suja do teatro político
uma verdade inferida e suja
quem vai sentir falta se ele morrer
a mãe e o pai, talvez?
As coisas são mais sérias do que parecem
eis que vejo o silêncio da maioria
preferem ver corpos sarados na novela
sangue? sai pra lá coisa ruim!
senão espirra na calça cara
comprada a muito custo!
Silêncio estranho
cade a compaixão humana?
nossos entes tomando tiro por falar a verdade
e nós aqui sentados olhando pro mundo televisionado
tiros na cara do traidor
de um sistema que rejeita a verdade
mas a verdade não se cala com balas
nem com a força bruta
basta! isso me enoja
como falar de amor
se o tempo é da morte das vozes
e batemos palmas pro grande espetáculo
que grande ironia
palmas para o espetáculo da vida
da morte
e do silêncio estranho que envolve nossos peitos
ele só dizia a verdade por trás da cortina
da cortina suja do teatro político
uma verdade inferida e suja
quem vai sentir falta se ele morrer
a mãe e o pai, talvez?
As coisas são mais sérias do que parecem
eis que vejo o silêncio da maioria
preferem ver corpos sarados na novela
sangue? sai pra lá coisa ruim!
senão espirra na calça cara
comprada a muito custo!
Silêncio estranho
cade a compaixão humana?
nossos entes tomando tiro por falar a verdade
e nós aqui sentados olhando pro mundo televisionado
tiros na cara do traidor
de um sistema que rejeita a verdade
mas a verdade não se cala com balas
nem com a força bruta
basta! isso me enoja
como falar de amor
se o tempo é da morte das vozes
e batemos palmas pro grande espetáculo
que grande ironia
palmas para o espetáculo da vida
da morte
e do silêncio estranho que envolve nossos peitos
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Alan Figueiredo
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20:26
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segunda-feira, 21 de março de 2011
Poema a Bandeira
Cavalinhos e cavalões
ah! hoje não temos mais tantos cavalos
o metal tomou conta de tudo
e ronca nas pistas lisas do autódromo
e nós cavalões continuamos comendo
mal mas comendo
vivendo pelas beiradas
tropeçando nos cadarços do tênis
ah! bola vai bola vem
cavalos comendo
vivendo
eis que vejo uma cavalo atropelado
ah! hoje não temos mais tantos cavalos
o metal tomou conta de tudo
e ronca nas pistas lisas do autódromo
e nós cavalões continuamos comendo
mal mas comendo
vivendo pelas beiradas
tropeçando nos cadarços do tênis
ah! bola vai bola vem
cavalos comendo
vivendo
eis que vejo uma cavalo atropelado
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quarta-feira, 16 de março de 2011
Parede de pedras
É uma parede de pedras
não é o muro que recebe lamentações
mas é uma parede de pedra
não é que os Judeus tem razão
nada melhor que uma parede de pedra
para dizer, não
aqui você não passa
aqui é o fim de seus passos
lamento
mas não vou lamentar ante o abismo
escalarei a parede de pedras
e verei o que se esconde no horizonte
pedra em cima de pedra
passo a passo
vou levando minhas pedras
vou fazendo meu caminho de pedras
caminho perdido
caminho de pedra onde não vai ninguém
pedra a pedra
levanto o muro, o meu caminho de pedra
quem tem ouvidos que escute
pedras rolando o abismo
singelas pedras que rolam o abismo
e fecho os olhos
um respiro ultimo
e pulo meio ainda descrente
não sei que realidade vivo
estou prestes a testa-la pelo absurdo
as aves que me perdoe
mas voei com mais destreza
e como Peter na terra do nunca
voei livre pelo as pedras de meu caminho
mas como é perene voar com pedras no peito
a ar que te segura
um dia deixa de te sustentar
e caio com pedra segura de si
uma queda firme
queda do real que me engano
pedra do muro de pedra
pedra que pulsa no peito
grande pedra
mãe pedra
ahaha!!!!
me vem a realidade crua
estou caindo
prestes a encontrar o inevitável
não voei se não por alguns instantes
bons instantes aqueles
eis que a grande pedra se aproxima
lá vem o chão
como verdade simples e una
uma grande pedra viva
ahahahaha!
Não estou pronto ainda
e quem estará pronto um dia?
Eis que acordei suado
mas leve como uma pluma
e voar
nunca mais!
não é o muro que recebe lamentações
mas é uma parede de pedra
não é que os Judeus tem razão
nada melhor que uma parede de pedra
para dizer, não
aqui você não passa
aqui é o fim de seus passos
lamento
mas não vou lamentar ante o abismo
escalarei a parede de pedras
e verei o que se esconde no horizonte
pedra em cima de pedra
passo a passo
vou levando minhas pedras
vou fazendo meu caminho de pedras
caminho perdido
caminho de pedra onde não vai ninguém
pedra a pedra
levanto o muro, o meu caminho de pedra
quem tem ouvidos que escute
pedras rolando o abismo
singelas pedras que rolam o abismo
e fecho os olhos
um respiro ultimo
e pulo meio ainda descrente
não sei que realidade vivo
estou prestes a testa-la pelo absurdo
as aves que me perdoe
mas voei com mais destreza
e como Peter na terra do nunca
voei livre pelo as pedras de meu caminho
mas como é perene voar com pedras no peito
a ar que te segura
um dia deixa de te sustentar
e caio com pedra segura de si
uma queda firme
queda do real que me engano
pedra do muro de pedra
pedra que pulsa no peito
grande pedra
mãe pedra
ahaha!!!!
me vem a realidade crua
estou caindo
prestes a encontrar o inevitável
não voei se não por alguns instantes
bons instantes aqueles
eis que a grande pedra se aproxima
lá vem o chão
como verdade simples e una
uma grande pedra viva
ahahahaha!
Não estou pronto ainda
e quem estará pronto um dia?
Eis que acordei suado
mas leve como uma pluma
e voar
nunca mais!
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segunda-feira, 14 de março de 2011
A criação de Deus
Deus não criou o mundo do nada
ele se criou do nada
depois o resto é fácil
ele se criou do nada
depois o resto é fácil
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Alan Figueiredo
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sábado, 5 de março de 2011
O carnaval Brasileiro
Hoje é carnaval
a festa tão esperada do ano
mas hoje é sexta ainda?!
Disse o transeunte desavisado
Sim carnaval começa mais cedo no Brasil
e acaba alem das quartas de cinzas e ossos
ou nunca acaba
é sempre um sonho absurdamente vivido
a festa da carne
do corpo
da massa de carbonos e elétrons
Sou um rei, ninja ou cotonete
não sou no carnaval
é um eterno não-ser
fingimento poético
um querer ser já sendo
Assim vai a folia
longe dos cervos pagãos do antigos carnavais
eis que ali passa um Tarzan
vestido de tanga e com uma macaca de pelúcia
tudo tão falso
como o real que reveste tudo
o peso das roupas
e do pão que enche barriga
o PIB subiu!
Coisas boas na TV!
Carnaval!
Sonho meu povo que sonhar faz bem a alma!
o cheiro do povo
da massa que se esfrega no calor
se arrasta pelas esquinas
eis que Peter Pan se enrosca com a Sininho
o Ruck está sozinho coitado
também com tinta verde ninguém pode
verde é cor da esperança
e não há esperança no carnaval das esperanças
Assim vai o carnaval brasileiro
comemorando o hedonismo
vivendo ao menos por um dia
vidas outras não vividas
a festa tão esperada do ano
mas hoje é sexta ainda?!
Disse o transeunte desavisado
Sim carnaval começa mais cedo no Brasil
e acaba alem das quartas de cinzas e ossos
ou nunca acaba
é sempre um sonho absurdamente vivido
a festa da carne
do corpo
da massa de carbonos e elétrons
Sou um rei, ninja ou cotonete
não sou no carnaval
é um eterno não-ser
fingimento poético
um querer ser já sendo
Assim vai a folia
longe dos cervos pagãos do antigos carnavais
eis que ali passa um Tarzan
vestido de tanga e com uma macaca de pelúcia
tudo tão falso
como o real que reveste tudo
o peso das roupas
e do pão que enche barriga
o PIB subiu!
Coisas boas na TV!
Carnaval!
Sonho meu povo que sonhar faz bem a alma!
o cheiro do povo
da massa que se esfrega no calor
se arrasta pelas esquinas
eis que Peter Pan se enrosca com a Sininho
o Ruck está sozinho coitado
também com tinta verde ninguém pode
verde é cor da esperança
e não há esperança no carnaval das esperanças
Assim vai o carnaval brasileiro
comemorando o hedonismo
vivendo ao menos por um dia
vidas outras não vividas
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Alan Figueiredo
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quarta-feira, 2 de março de 2011
Ser poeta
Não vi musas
não imitei cascatas
nem mar bordejando
saudades ou solidão
sou poeta dos olhos de dentro
que a tudo vê
e nada enxerga
não imitei cascatas
nem mar bordejando
saudades ou solidão
sou poeta dos olhos de dentro
que a tudo vê
e nada enxerga
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Alan Figueiredo
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21:02
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