terça-feira, 23 de abril de 2013

O funcionário

De segunda a sesta
Funcionário do banco
Terno gravata e pessoas
O capital circula na seriedade do ato

Sai de casa
Cabeça baixa
Mesmo horário
Rotina inabalável

Um transeunte lhe cumprimenta
Com uma certa cumplicidade
Crimes curtidos a álcool
Não olha nos olhos da loucura

No horário do expediente
A retidão é seu sobrenome
Marculino é só para os bêbados
O grande orador de profundidade intocável

Ah! Sesta a noite
Começa outra rotina
Moladar a vida em algumas noites
Cerveja bar e amigos

Amigos de copo
Amigos da vida
Instantes infinitos
Nesta temporalidade emotiva

Outro Marcos
Outra vida

Segunda o estomago ruge de novo
E a selva cinza nos consome

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