sexta-feira, 24 de julho de 2020

Do Amor





Amar
Verbo indefinido direto
Alguns dizem que
Do amor resta o ódio
Talvez não tenha sido amor
Nem amar

O amor é um pesadelo poético
Faz de sua universalidade e carisma
Um belo bosque iluminado
E o poeta penetra ingenuamente

Treda ilusão
O bosque rapidamente vira uma selva densa
Um labirinto que poucos ou nenhum
Escapam ilesos

Quando escapam
A luz do sol não é a mesma
O tempo colocou rugas na minha face
E o pequeno vazio no peito é vastidão desértica e árida

O poeta não tem culpa
Coitado
Se deus é maquina
É maquina também o corpo que carrega o poeta

Corpo feito para amar
E ser só perdão
Olhem ali o poeta espreitando o bosque do amor
Mas ele bate na perna irado com atual situação

E exclama
“Não falarei mais versos do amor!”
KKKKKKKKK
Mais uma vez coitado

Uma pequena borboleta amarela
Passa diante de seus olhos
Eis o poeta
Amando outra vez

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