Preleção
Minha comemoração poética
para entrada no olimpo virtual
Vulgo Facebook
Corro a vista na vida
E a poesia escorre do
cotidiano
Cada esquina é um verso
dobrando as ruas
Uma sujeira no pátio é
um mundo a desabar em nossas cabeças
Eu que ando nas ruas
como quem navega
Vejo olhos e rostos
desatentos para o presente
Saudades eternas de um futuro
desejado
Um agora vazio de almas
São só corpos do
cotidiano
Como vos amo assim
automáticos
Tal peça ... tal gente
que sonha e vive
E se acha neste virtual
engano de ser
Assim vai minha poesia
do cotidiano
Solitário eu rodeado de
gente
Ontem quando desci da
janela de casa
Eu queria encontrar
algo
Mas não sabia o que
buscava
Meus olhos erravam de
objetos
Eu não sabia ...
Que a busca em si era o
que eu deveria querer
O resto morreu na
memoria
Como aquele papo que
tivemos ontem
Tão nosso que não pude
desviar-me
E hoje não lembro de
mais nada
É como se tivesse
impresso em mim
Meus desejos e sua solidão
É como se você fosse eu
ao avesso
Um exótico encontro
virtual
Assim vai minha poesia
do cotidiano
Tão cheio de mim mesmo
Que me perco no outro
Com a certeza de que
ele sou eu
Ontem quando acordei
poeta
E me disseram:
“Vai! ... Assim é que
você não vai vencer na vida”
Nem sabia o que era
vida ... E como poderei vencer então?
Corri ao dicionário
E só palavras escapavam
dos verbetes
Como se soubessem tudo
Pelo sinônimo ... pelo
Antônimo ... enfim sabiam o que era vida
E eu ... não
Procurei ... procurei e
ainda procuro
Sei que ela não foi
dicionarizada
Ela fica no muro que
separa meus olhos
Dos teus
Ela fica nestas
metáforas que amo
Costurar nas cestas de
meu cotidiano
Ela fica entre meu
querer e seus atos
Um pequeno desajuste
ordinário do dia a dia
Assim vai minha poesia
do cotidiano
Tão minha
Tão nossa
Tão de todo mundo
2 comentários:
Que porrada maninho!!!!!!!!
rsrs. O é 0 ou 1.
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