aquele indigente
caido na existência
por ora caído ao mar
iguala-se a toda gente
ou nada para a vida
ou debate-se para nada
é um poeta disponível
por acaso alí também nas aguas semeado
quem primeiro recolhe à alma
a aflição daquele sempre aflito
porque para qualquer realidade
haverá sempre
um poeta de plantão
como ajudar aquele náufrago contumaz
um poema,talvez?
ou seu jovém braço?
mas que seja rápido
pois é obrigatório aos poetas
ludibriarem à morte
petas são hábeis neste ofício
porque vivem náufragos em sentimentos
decide-se por seu jovém braço
ainda crédulo nas virtudes humanas
a mão estendida à generosidade
a alma à absolvição social
para depois o poema!
porque o físico suporta melhor ao físico
feito!
alívio, júbilo, comunhão.
agora,
cada qual que siga fiél
o seu traçado histórico
porém
quem irá salvar o poeta,
o que lhe oferecer,
quando as emoções encobrirem-lhe a alma?
sempre, ninguém!
sempre, nada!
um poema, talvez?
cz
-----------------
Agradecedio Cezar!
terça-feira, 24 de abril de 2012
Postado por
Alan Figueiredo
às
10:46
0
comentários


Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
terça-feira, 10 de abril de 2012
O ultimo poema
Talvez sejam estes meus últimos versos
ultimo sopro de qual quer coisa vivida
Talvez amanhã não exista
invento minhas saudade pelo novo
Viva ao novo!
O novo de uma velhice entranhada
uma sabedoria profunda
Assim quero meu ultimo poema
repleto de simplicidade
o amor pela vida
que transborda da beirada do poema
o amor pela vida me faz levantar nas manhãs
Eu quero meu ultimo poema
Eu quero agora!
Como nunca quis querer antes
que acabe meus versos no mar
boiando a deriva
como um louco navio velho
eu quero meu ultimo poema
como o cheiro de um navio velho
tão seu de gente passada
impregnado de sal que gruda na antepara
Que meu ultimo poema seja como um navio velho
Vagando a ermo em sua ultima viagem
Seu velho capitão a observar o horizonte
com uma atenção desalinhada
De chinelos no passadiço
Assim quero meu ultimo poema
Solto de suas próprias amarras
navegando reto e sem destino
esperando chegar a todos os destinos
Assim eu quero meu ultimo poema
o ultimo escrito a boiar
no mar da minha vida que foi
Tal como o velho Capitão
deixarei no cais da saudade
as lembranças e meus poemas
e lá de longe
onde a mente não alcança
vou arrastar meus chinelos
e terei feito
meu ultimo poema
ultimo sopro de qual quer coisa vivida
Talvez amanhã não exista
invento minhas saudade pelo novo
Viva ao novo!
O novo de uma velhice entranhada
uma sabedoria profunda
Assim quero meu ultimo poema
repleto de simplicidade
o amor pela vida
que transborda da beirada do poema
o amor pela vida me faz levantar nas manhãs
Eu quero meu ultimo poema
Eu quero agora!
Como nunca quis querer antes
que acabe meus versos no mar
boiando a deriva
como um louco navio velho
eu quero meu ultimo poema
como o cheiro de um navio velho
tão seu de gente passada
impregnado de sal que gruda na antepara
Que meu ultimo poema seja como um navio velho
Vagando a ermo em sua ultima viagem
Seu velho capitão a observar o horizonte
com uma atenção desalinhada
De chinelos no passadiço
Assim quero meu ultimo poema
Solto de suas próprias amarras
navegando reto e sem destino
esperando chegar a todos os destinos
Assim eu quero meu ultimo poema
o ultimo escrito a boiar
no mar da minha vida que foi
Tal como o velho Capitão
deixarei no cais da saudade
as lembranças e meus poemas
e lá de longe
onde a mente não alcança
vou arrastar meus chinelos
e terei feito
meu ultimo poema
Postado por
Alan Figueiredo
às
10:50
5
comentários


Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Metalinguagen
Assinar:
Postagens (Atom)