Em um mundo onde literalmente tudo pode ser convertido em dinheiro
O sol bate
E fico assim pasmo
De quanta vida ainda há lá fora
Um passarinho que pula no asfalto
Enquanto o oleo da morte
Jorra pelos campos de aguas profundas
Um passarinho preto sisca inocente na calsada
O que fizemos?
Porque somos assim tão egoista?
Quem parará esta maquina edionda
Que destroi a si mesmo
Com requinte de crueldade?
Qual suicida mais nobre
Nos ensinará o caminho da morte ante o inevitavel
O ultimo ato
Antes do espetaculo final
Qual neoritico narcizista
Gritará em alto tom científico?
"Morram seus selvagens!"
E nos matará pateticamente limpo de si mesmo
O pior selvagem
É aquele que se intula civilizado na plateia
Tem ideais repleto de destrição oculta
Papel impresso e bits de satifação
O pior selvagem
Assiste indeferente a morte alheia
Em sua poltrona
Vê a morte nos olhos de Alice
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Herói na minha cidade
Herói na minha cidade
não salva vidas de velhinhas
nem é herói a medida grega
herói no Rio de Janeiro
não é corrupto e faz o seu trabalho
e raramente aparece na TV
não salva vidas de velhinhas
nem é herói a medida grega
herói no Rio de Janeiro
não é corrupto e faz o seu trabalho
e raramente aparece na TV
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Alan Figueiredo
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Político
sábado, 12 de novembro de 2011
O malandro do café
Um café!
Coruja!
Porque não fazer uma fé
35 no duro
e 44 32!
ei tá faltando 15 centavos
ah! deixa que a banca paga
Assim foi o malandro
a fé no bolso
e sem um centavo a mais
Coruja!
Porque não fazer uma fé
35 no duro
e 44 32!
ei tá faltando 15 centavos
ah! deixa que a banca paga
Assim foi o malandro
a fé no bolso
e sem um centavo a mais
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Alan Figueiredo
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sábado, 5 de novembro de 2011
O louco poeta das ruas
A folha em branco
não há segunda chance
as palavras vão fluindo
e vou com elas a ser um eu
fluido e perdido
um eu que jamais fui e jamais serei
um eu perplexo preso neste instante
neste nada
revestido de todas as verdades
vou meio que no meio
vivendo vidas de um inteiro
eis que o verbo poder
assalta-me a mente
possibilidades que não foram
de um lado oposto e mesmo
a vida que pulsa e empurra meus braços
minhas pernas que vão andando
e vou me perdendo nas quinas dos muros
limpando a limpeza de prédios altos
sou o que teve só qualidades
o que não deu sorte na vida
escrevo para quem?
Se não para praguejar todo este esquema
um esquema a muito já sabido
praticado com os fracos
cheios de força e pulmão
tolerados no limite do silêncio
camuflados de sujeira e pó
cobertores por todos os cantos
vou cantando a vida
e louvando a grandeza deste universo
faço minha reza enfrente ao bar
esquinas da minha solidão
eis que um policial se aproxima
fujo como se não tivesse ali
ainda posso sentir
o gosto da cachaça na boca
paro em outra esquina
e agora vou louvar o sol que já vai
não há segunda chance
as palavras vão fluindo
e vou com elas a ser um eu
fluido e perdido
um eu que jamais fui e jamais serei
um eu perplexo preso neste instante
neste nada
revestido de todas as verdades
vou meio que no meio
vivendo vidas de um inteiro
eis que o verbo poder
assalta-me a mente
possibilidades que não foram
de um lado oposto e mesmo
a vida que pulsa e empurra meus braços
minhas pernas que vão andando
e vou me perdendo nas quinas dos muros
limpando a limpeza de prédios altos
sou o que teve só qualidades
o que não deu sorte na vida
escrevo para quem?
Se não para praguejar todo este esquema
um esquema a muito já sabido
praticado com os fracos
cheios de força e pulmão
tolerados no limite do silêncio
camuflados de sujeira e pó
cobertores por todos os cantos
vou cantando a vida
e louvando a grandeza deste universo
faço minha reza enfrente ao bar
esquinas da minha solidão
eis que um policial se aproxima
fujo como se não tivesse ali
ainda posso sentir
o gosto da cachaça na boca
paro em outra esquina
e agora vou louvar o sol que já vai
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Alan Figueiredo
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terça-feira, 1 de novembro de 2011
Na minha terra passa um trem
Batidas ritmadas
musica matinal
toc toc te téc
toc toc te téc
pessoas vão e vem
no embalo do trêm
toc toc te téc
toc toc te téc
um pastor lê a biblia
e nada mais faz sentido
toc toc te téc
toc toc te téc
A tristeza aparente
esconde um sorriso embutido
toc toc te téc
toc toc te téc
trabalhadores levantam antes do sol
e trabalham num só ritmo
toc toc te téc
toc toc te téc
É barulho que regula a vida
no consumo que não é findo
toc toc te téc
toc toc te téc
e a noite o som vai embora
na espera de mais um dia
ficou o som na cabeça
que este passageiro sentia
hoje, ando de ônibus
sonhando que sabe um dia
voltar para a terra minha
do toc toc e agonia
musica matinal
toc toc te téc
toc toc te téc
pessoas vão e vem
no embalo do trêm
toc toc te téc
toc toc te téc
um pastor lê a biblia
e nada mais faz sentido
toc toc te téc
toc toc te téc
A tristeza aparente
esconde um sorriso embutido
toc toc te téc
toc toc te téc
trabalhadores levantam antes do sol
e trabalham num só ritmo
toc toc te téc
toc toc te téc
É barulho que regula a vida
no consumo que não é findo
toc toc te téc
toc toc te téc
e a noite o som vai embora
na espera de mais um dia
ficou o som na cabeça
que este passageiro sentia
hoje, ando de ônibus
sonhando que sabe um dia
voltar para a terra minha
do toc toc e agonia
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Alan Figueiredo
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