Pedaços de minha solidão
descolam da borda de um quadro
não sei o que faço
meu próximo verso não me consola
são versos e nada mais
não anseio a resposta definitiva do corpo
porque esta, está no campo do inevitável
e ser por acidente é uma coisa meio que assim já sendo
não sei se anseio alguma coisa
é só uma espera
sem coisa alguma a esperar
um suspense no ar pesado do inverno
estou completamente cego
subi um muro muito alto
não sei cair na certa
mas não vou me agarrar ao muro
sou livre até o calcanhar
mas sou
tenho que ser
ser livre é a única prisão que me resta
e vou assim vivendo
sorrindo
comendo
cantando a trágica comédia de se estar vivo
é!
é na solidão é que se pensa
se pensa nestes nadas com coisa alguma
eis que lá estavam todas as coisas
sábado, 21 de maio de 2011
Na solidão
Postado por
Alan Figueiredo
às
21:57
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terça-feira, 10 de maio de 2011
O filosofo
O filosofo é aquele
que diz uma verdade
mas diz que não é dele
que diz uma verdade
mas diz que não é dele
Postado por
Alan Figueiredo
às
16:53
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sábado, 7 de maio de 2011
Aos Blogueiros
Todos querem falar
meu Deus também quero falar
mas falar para quem?
Para os poucos que querem falar!?
Com os olhos fechados
aprendi a escutar
a ler minha solidão impressa
ver de dentro o que de fora estava
ai quem sabe um dia
me libertar das grades ocultas
do deserto do meu blog
olhos demasiados atentos
engordando um boi
a muito já morto
meu Deus também quero falar
mas falar para quem?
Para os poucos que querem falar!?
Com os olhos fechados
aprendi a escutar
a ler minha solidão impressa
ver de dentro o que de fora estava
ai quem sabe um dia
me libertar das grades ocultas
do deserto do meu blog
olhos demasiados atentos
engordando um boi
a muito já morto
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Alan Figueiredo
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07:55
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quarta-feira, 4 de maio de 2011
A Luz e a Escuridão
Um grito na madrugada
o sol nem nasceu de todo ainda
janelas abertas pra noite
e uma manhã como outra qualquer
a TV ainda não fez a realidade
um vizinho sai descalço na rua
coça os olhos do ultimo sonho
e o inevitável o atinge os olhos
uma luz que penetra o ser
na escuridão das ruas acesas
e lá vai mais um servo moderno
levar seu estomago a lugares alheios
e vamos com ele
como os raios do dia
voam na madrugada a dentro
liberta os seres de sua cova profunda
este servos modernos chega a um ponto de ônibus
muitos também vão de carro
mas o ônibus
faz saltar aos olhos o radicalismo da madrugada
No ponto de ônibus
dois mundos se entrelaçam
pessoas deixam a praça noturna
depois da comemoração da madrugada
a luz do sol comanda a passagem
pessoas voltam da madrugada
pessoas vão servir na luz do dia
mundos que se completam na diferença da vida
olhares costuram estes dois mundos
respeitosos
irônicos
ou saudosos
é ali onde todos os olhares se misturam
como se fosse
a ultima celebração da liberdade
ultima festa
ultima noite no primeiro dia
eis que o ônibus chega
levando sobre as rodas metálicas
uma borracha dura
uma vida dura de servidão
um servo completamente cego
para sua própria condição
uma cegueira branca
misturada a crueldade capitalista
e assim dois mundos muito antigos
se entrelaçam nesta noite
que anida não é dia
e pouco a pouco vai deixando de ser
entre a luz e a escuridão
está a semente da liberdade
igualdade profunda do diferente
voz primeira da vida
o sol nem nasceu de todo ainda
janelas abertas pra noite
e uma manhã como outra qualquer
a TV ainda não fez a realidade
um vizinho sai descalço na rua
coça os olhos do ultimo sonho
e o inevitável o atinge os olhos
uma luz que penetra o ser
na escuridão das ruas acesas
e lá vai mais um servo moderno
levar seu estomago a lugares alheios
e vamos com ele
como os raios do dia
voam na madrugada a dentro
liberta os seres de sua cova profunda
este servos modernos chega a um ponto de ônibus
muitos também vão de carro
mas o ônibus
faz saltar aos olhos o radicalismo da madrugada
No ponto de ônibus
dois mundos se entrelaçam
pessoas deixam a praça noturna
depois da comemoração da madrugada
a luz do sol comanda a passagem
pessoas voltam da madrugada
pessoas vão servir na luz do dia
mundos que se completam na diferença da vida
olhares costuram estes dois mundos
respeitosos
irônicos
ou saudosos
é ali onde todos os olhares se misturam
como se fosse
a ultima celebração da liberdade
ultima festa
ultima noite no primeiro dia
eis que o ônibus chega
levando sobre as rodas metálicas
uma borracha dura
uma vida dura de servidão
um servo completamente cego
para sua própria condição
uma cegueira branca
misturada a crueldade capitalista
e assim dois mundos muito antigos
se entrelaçam nesta noite
que anida não é dia
e pouco a pouco vai deixando de ser
entre a luz e a escuridão
está a semente da liberdade
igualdade profunda do diferente
voz primeira da vida
Postado por
Alan Figueiredo
às
20:22
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