É difícil não ser político
e abraçar uma escola
de uma escola que não existe
que está pulverizada em gotículas universais
é difícil não ser político
quando mentiras abertas
de um poder que não existe
fala o tempo todo
é difícil não ser político
quando a fala se reduz a escrita
e olhares não passam de telas brilhantes
sedentos por um naco de nada diário
é difícil não ser político
quando estômagos roncam nas esquinas
onde pessoas correm a lugar algum
é difícil não ser político
quando os nomes são maiores que as coisas
e as estrelas somem do céu
e luzes cegam os corações sombrios
é difícil não ser político
quando querem superar a morte
plantando mortos-vivos
cheios de esperança e solidão
é difícil não ser político
quando o frio da noite penetra a carne
quando o primeiro é maior que o segundo
e heróis são palhaços do entretenimento
é difícil não ser político
e não ficar calado
mas calado ficarei
se a muitos falar o quão difícil é ser político
e hoje foi assim
solitariamente político
amanhã não sei
quem sabe me encante com o mar
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
A difícil tarefa
Postado por
Alan Figueiredo
às
20:04
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segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Condenação poética
Sou refém daquilo que escrevo
sou a escrita o som e a pagina
não consigo ignorar-me
muito menos olhar não olhando
“e do poeta se esperam versos
palavras em cima de palavras
estrume em cima de estrume”
quando isso escrevi não sabia o que dizia
Foi um assassinato poético
um licença artística
ou artivística quem sabe
pouco importa sou culpado
Mas não pensem que é fácil
ser réu de si mesmo ou próprio carrasco
não não é fácil
aqueles que fazem fácil esta tarefa coitados
agora escrevo a sentença
entre lagrimas e dor
condeno a mim a ser poeta
e o compromisso com a palavra
E eu como poeta
juro proteger as palavras
e gargantas que as produzem
juro proteger os papeis e as tintas
juro proteger tudo que é frágil
e morrer em prol da liberdade da fala
juro proteger a poética
de vendedores de shampoo e cosméticos
juro proteger as crianças no pátio
os velhos na calçada
juro proteger a liberdade do diferente
e a amizade que tanto amo
Juro proteger o bom e o belo
e que a verdade seja sempre dita
juro proteger todas as rimas
todas métricas mesmo que diferentes
juro que serei poeta
e enquanto me coração pulsar
continuarei jurando
para sempre poetar
sou a escrita o som e a pagina
não consigo ignorar-me
muito menos olhar não olhando
“e do poeta se esperam versos
palavras em cima de palavras
estrume em cima de estrume”
quando isso escrevi não sabia o que dizia
Foi um assassinato poético
um licença artística
ou artivística quem sabe
pouco importa sou culpado
Mas não pensem que é fácil
ser réu de si mesmo ou próprio carrasco
não não é fácil
aqueles que fazem fácil esta tarefa coitados
agora escrevo a sentença
entre lagrimas e dor
condeno a mim a ser poeta
e o compromisso com a palavra
E eu como poeta
juro proteger as palavras
e gargantas que as produzem
juro proteger os papeis e as tintas
juro proteger tudo que é frágil
e morrer em prol da liberdade da fala
juro proteger a poética
de vendedores de shampoo e cosméticos
juro proteger as crianças no pátio
os velhos na calçada
juro proteger a liberdade do diferente
e a amizade que tanto amo
Juro proteger o bom e o belo
e que a verdade seja sempre dita
juro proteger todas as rimas
todas métricas mesmo que diferentes
juro que serei poeta
e enquanto me coração pulsar
continuarei jurando
para sempre poetar
Postado por
Alan Figueiredo
às
15:29
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