Em pé no morro
sofre as dores do tempo
o sangue que corre nas veias
e no coração, artérias de borracha
Asfalto borracha e um tiro
que corre as ruas da cidade
os becos e avenidas
um podre coagulado
veias que entopem
no coração que pulsa parado
veias de um sangue que jorra
conta gota no capital diário
e lá está ele parado no morro
prestes a despencar
a tombar sobre as cabeças desatentas
e os bolsos que tudo pagam
e tombar é inevitável
quando se está decidido a pular
é o destino de quem sobe
de quem sofre
os pés começam a rachar
de a muito estar descalço
na dureza da borracha cinza
caminhando sempre parado
e devagar com uma leveza adiada
tomba ponta a cabeça
e no último suspiro fundo de esperança
eis que abre verdadeiramente os braços
pedaços
de cacos
metal
borracha
espatifam no chão
pulaste do último andar carioca
atrapalhando o transito
e as cabeças desavisadas
Agora o rio de riquezas ocas
encontra um vazio no céu da tarde
um morro e um pé rachado
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Aos críticos do camarote do abismo
Poema dedicado a Afonso Romanos de sant'ana
que com seus palavrismos críticos
esburacou o véu que cobre a ratoeira
que com seus palavrismos críticos
esburacou o véu que cobre a ratoeira
Não vale um poema
escrever ao critico
sobre a copia do criador
nem criaturas copiadas
vale mais viver a vida
olhar pelas janelas do transito
os balanços quebrados
e os cabos que seguram tudo
é um quadrado sem lados
uma beira sem abismo
uma corda sem nó
não vale apena responder nada
fico com o sorriso da criança
com o velho na calçada
formigas que comem migalhas
deliciosas migalhas pelo chão
palavrosos e palavrismos
ficam ocultos numa ânsia de poder
não vale apena dar com os ouvidos as palavras
e esquecer o barulho do chinelo
um vizinho que passa
o som que se arrasta cá dentro
eis que o vento passa
e fico a observar o dia
Postado por
Alan Figueiredo
às
19:40
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Metalinguagen,
moderno,
poder,
Político
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
A vida na bagagem
Fiz a mala hoje devagar
com um desejo de ir misturado
a uma saudade antecipada
sempre faço as malas
volto porque não fui de fato
é um instante entre o ir e vir
que me encontro desencontrado
desencontrando caminhos
pessoas e lugares
passos atoas na minha solidão viajante
próximos passos ainda não dados
voltar não posso mais
meu caminho é longo
que com passos curtos
vou trilhando assim devagar
minha vida é um mala sempre pronta
prestes a tencionar a alça
inclinando na direção do mar
mais um destino certo
uma rota e vários caminhos
o nó da retinida que sustenta a mala
pendura minha vida nas bordas do navio
mais um dia de trabalho
na esperança do viajante
fica a mala pendurada
e a certeza que irá voltar
com um desejo de ir misturado
a uma saudade antecipada
sempre faço as malas
volto porque não fui de fato
é um instante entre o ir e vir
que me encontro desencontrado
desencontrando caminhos
pessoas e lugares
passos atoas na minha solidão viajante
próximos passos ainda não dados
voltar não posso mais
meu caminho é longo
que com passos curtos
vou trilhando assim devagar
minha vida é um mala sempre pronta
prestes a tencionar a alça
inclinando na direção do mar
mais um destino certo
uma rota e vários caminhos
o nó da retinida que sustenta a mala
pendura minha vida nas bordas do navio
mais um dia de trabalho
na esperança do viajante
fica a mala pendurada
e a certeza que irá voltar
Postado por
Alan Figueiredo
às
21:49
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
A difícil tarefa
É difícil não ser político
e abraçar uma escola
de uma escola que não existe
que está pulverizada em gotículas universais
é difícil não ser político
quando mentiras abertas
de um poder que não existe
fala o tempo todo
é difícil não ser político
quando a fala se reduz a escrita
e olhares não passam de telas brilhantes
sedentos por um naco de nada diário
é difícil não ser político
quando estômagos roncam nas esquinas
onde pessoas correm a lugar algum
é difícil não ser político
quando os nomes são maiores que as coisas
e as estrelas somem do céu
e luzes cegam os corações sombrios
é difícil não ser político
quando querem superar a morte
plantando mortos-vivos
cheios de esperança e solidão
é difícil não ser político
quando o frio da noite penetra a carne
quando o primeiro é maior que o segundo
e heróis são palhaços do entretenimento
é difícil não ser político
e não ficar calado
mas calado ficarei
se a muitos falar o quão difícil é ser político
e hoje foi assim
solitariamente político
amanhã não sei
quem sabe me encante com o mar
e abraçar uma escola
de uma escola que não existe
que está pulverizada em gotículas universais
é difícil não ser político
quando mentiras abertas
de um poder que não existe
fala o tempo todo
é difícil não ser político
quando a fala se reduz a escrita
e olhares não passam de telas brilhantes
sedentos por um naco de nada diário
é difícil não ser político
quando estômagos roncam nas esquinas
onde pessoas correm a lugar algum
é difícil não ser político
quando os nomes são maiores que as coisas
e as estrelas somem do céu
e luzes cegam os corações sombrios
é difícil não ser político
quando querem superar a morte
plantando mortos-vivos
cheios de esperança e solidão
é difícil não ser político
quando o frio da noite penetra a carne
quando o primeiro é maior que o segundo
e heróis são palhaços do entretenimento
é difícil não ser político
e não ficar calado
mas calado ficarei
se a muitos falar o quão difícil é ser político
e hoje foi assim
solitariamente político
amanhã não sei
quem sabe me encante com o mar
Postado por
Alan Figueiredo
às
20:04
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Condenação poética
Sou refém daquilo que escrevo
sou a escrita o som e a pagina
não consigo ignorar-me
muito menos olhar não olhando
“e do poeta se esperam versos
palavras em cima de palavras
estrume em cima de estrume”
quando isso escrevi não sabia o que dizia
Foi um assassinato poético
um licença artística
ou artivística quem sabe
pouco importa sou culpado
Mas não pensem que é fácil
ser réu de si mesmo ou próprio carrasco
não não é fácil
aqueles que fazem fácil esta tarefa coitados
agora escrevo a sentença
entre lagrimas e dor
condeno a mim a ser poeta
e o compromisso com a palavra
E eu como poeta
juro proteger as palavras
e gargantas que as produzem
juro proteger os papeis e as tintas
juro proteger tudo que é frágil
e morrer em prol da liberdade da fala
juro proteger a poética
de vendedores de shampoo e cosméticos
juro proteger as crianças no pátio
os velhos na calçada
juro proteger a liberdade do diferente
e a amizade que tanto amo
Juro proteger o bom e o belo
e que a verdade seja sempre dita
juro proteger todas as rimas
todas métricas mesmo que diferentes
juro que serei poeta
e enquanto me coração pulsar
continuarei jurando
para sempre poetar
sou a escrita o som e a pagina
não consigo ignorar-me
muito menos olhar não olhando
“e do poeta se esperam versos
palavras em cima de palavras
estrume em cima de estrume”
quando isso escrevi não sabia o que dizia
Foi um assassinato poético
um licença artística
ou artivística quem sabe
pouco importa sou culpado
Mas não pensem que é fácil
ser réu de si mesmo ou próprio carrasco
não não é fácil
aqueles que fazem fácil esta tarefa coitados
agora escrevo a sentença
entre lagrimas e dor
condeno a mim a ser poeta
e o compromisso com a palavra
E eu como poeta
juro proteger as palavras
e gargantas que as produzem
juro proteger os papeis e as tintas
juro proteger tudo que é frágil
e morrer em prol da liberdade da fala
juro proteger a poética
de vendedores de shampoo e cosméticos
juro proteger as crianças no pátio
os velhos na calçada
juro proteger a liberdade do diferente
e a amizade que tanto amo
Juro proteger o bom e o belo
e que a verdade seja sempre dita
juro proteger todas as rimas
todas métricas mesmo que diferentes
juro que serei poeta
e enquanto me coração pulsar
continuarei jurando
para sempre poetar
Postado por
Alan Figueiredo
às
15:29
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
linguegem,
Metalinguagen,
Poema
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Os versos dos meus dias
De novo um poema
versos que aprecem
a cada linha
cada letra disposta
até quando versos?
o verso que me acabo ao meio
cortado sem jeito
sim sem jeito
reparo não carece
escrevo uma vez só
como versos que me cabe
no momento presente
ando como os versos andam
passo a passo
cabendo na linha de um compasso
marcando um coração de poeta
sou poeta assim sendo
crendo orando e vivendo
crio os versos que me engana
os versos da verdade
os versos da minha mentira
porem...
mais verdadeiro
que qualquer jornal
versos que aprecem
a cada linha
cada letra disposta
até quando versos?
o verso que me acabo ao meio
cortado sem jeito
sim sem jeito
reparo não carece
escrevo uma vez só
como versos que me cabe
no momento presente
ando como os versos andam
passo a passo
cabendo na linha de um compasso
marcando um coração de poeta
sou poeta assim sendo
crendo orando e vivendo
crio os versos que me engana
os versos da verdade
os versos da minha mentira
porem...
mais verdadeiro
que qualquer jornal
Postado por
Alan Figueiredo
às
02:43
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Metalinguagen,
Político
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Quando tudo começou 5
A epopeia de janela
deste mundo em que me encaixo
deste mundo em que me encaixo
E do nado fez-se a luz
como que do tempo
fez-se a musica
O tempo dançando com a musica
e o vento com a chuva
Arvores que bailam a valsa do vento
Quando o tempo ainda era jovem
o amor reinava entre os vivos
e Orfeu andava livre sem razão
sem bolso do tempo perdido no sono
os vivos descendentes de Arão e Cesta
envelheceram a face do tempo nos olhos dos vivos
e o tempo passou cada vez mais rápido
cada vez mais solitário
Orfeu escravo do tempo moderno
não envelhece tão facilmente
passa a mão em nossas cabeças
como quem diz um dia passa
Orfeu não senti dor
nem dó
nem pena de si mesmo
Orfeu é deus do sono
dos sonhos
dos olhos que se abrem do real
no avesso das retinas fatigadas
servo do tempo
tempo de maquinas e precisão
tempo lobo do homem
espelho concavo de si
o que fizemos com O tempo?
Os relógios que sol algum acompanha
que luz não penetra
nem sombra de Platão teremos
e Orfeu canta sozinho
nos bosques onde borboletas amarelas
voam o belo voo
das borboletas solitárias
velhos moinhos
livros e quixote na estante
bainhas de armas vazias
e nó na garganta
gerras de um mundo sem perdão
gerras de minha própria pátria
pátria amada
entre os mundos um só mundo
minha pátria terrena
pátria mundo
cidadão do mundo
e guardião das coisa terrenas
o que fizemos com O tempo?
o que fizemos com nós mesmos?
No mundo em que me acho
em encaixo com peça usada
olhos de um tempo sem perdão
tempo de meus olhos que endurecerem
e perdão não mais carecer
e fiquei cego perdido e solitário
agora sou escravo do tempo
meu nome é Orfeu
senhor do sono e do acaso
filho da borboleta com esperança
cria de um mundo só
das asas faço voar a cabeça
das patas encravo na terra
com a certeza de que vai melhorar
sim
acredite criança
vai melhorar
Postado por
Alan Figueiredo
às
13:43
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Genises
Quando tudo começou 4
E do nada fez a musica
como que das cores a visão
No principio era o nada
do caos fez-se a luz
da luz a visão
No principio era tudo
do caos fez-se escuro
do escuro o contraste
não há luz sem escuridão
não se supera os extremos
na luz vive o caos
no escuro vive caos
meias partes
do início de tudo
como que das cores a visão
No principio era o nada
do caos fez-se a luz
da luz a visão
No principio era tudo
do caos fez-se escuro
do escuro o contraste
não há luz sem escuridão
não se supera os extremos
na luz vive o caos
no escuro vive caos
meias partes
do início de tudo
Postado por
Alan Figueiredo
às
13:41
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Genises
Um raio X da TV no Brasil
O carro do ano
com travas e direção
para guiar-nos contente e seguro
por entre o transito engarrafado
O irã eixo do mal
lá tinha petrodólares
queremos nosso dólares de volta
abaixe a cabeça pra bomba nucelar
Não gaste tanta luz
desligue o ar condicionado
os ventiladores se preciso
mas nunca a TV meu camarada
Somos felizes na terra de Alice
onde coelho não tem cartola
e magico vive no senado
sorria você esta sendo manipulado
A cerca não lhe agrada?
pintemos as coisas de verde e amarelo
botemos uma bola no centro
tá ai felicidade patriótica
Óticas pra gado
não esqueça de pagar a prazo
compre agora
que a hora do coelho passa e como passa
Aqui tem preço baixo?
Tem
aqui tem roubalheira?
Tem
mas não saia de sua cerca
rode a bola da felicidade
consuma seu ultimo centavo
que no futuro será milhonario
ola manipulados de plantão
conheçam meu ultimo CD
besterias musicadas 59
esqueça do mundo venha se divertir com a gente
CHEGA....AR
não aguento mais
desligue a TV
e olhe pela janela
com travas e direção
para guiar-nos contente e seguro
por entre o transito engarrafado
O irã eixo do mal
lá tinha petrodólares
queremos nosso dólares de volta
abaixe a cabeça pra bomba nucelar
Não gaste tanta luz
desligue o ar condicionado
os ventiladores se preciso
mas nunca a TV meu camarada
Somos felizes na terra de Alice
onde coelho não tem cartola
e magico vive no senado
sorria você esta sendo manipulado
A cerca não lhe agrada?
pintemos as coisas de verde e amarelo
botemos uma bola no centro
tá ai felicidade patriótica
Óticas pra gado
não esqueça de pagar a prazo
compre agora
que a hora do coelho passa e como passa
Aqui tem preço baixo?
Tem
aqui tem roubalheira?
Tem
mas não saia de sua cerca
rode a bola da felicidade
consuma seu ultimo centavo
que no futuro será milhonario
ola manipulados de plantão
conheçam meu ultimo CD
besterias musicadas 59
esqueça do mundo venha se divertir com a gente
CHEGA....AR
não aguento mais
desligue a TV
e olhe pela janela
Postado por
Alan Figueiredo
às
13:39
1 comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Desobendiencia Civil.,
Político
O louco de um real engano
O louco escuta um zumbido
que emana de um real anterior a este
(UNIVVVERRSSO GENTILEZA)
Não tenho muito tempo
o estomago me corroí por dentro
paro nesta cidade
vejo luzes postes e escuridão
motos que batem carros
batem pessoas
na luz
de um olhar angulado
quinas de ruas em que tropeço
ando tenho que andar
parar assim só pra descansar
e não parar no médico de cabeça
NÃO … sou maluco
apenas ando pelas nuvens
colhendo borboletas
As vezes eu sei assusto
com meu passo descompassado
nas ruas desta cidade
seja como for
tenho me curado
vou andando assim sem deixar rastro
picotando meu caminho
usando o estômago para me salvar
e mãos que estendo ao céu para matar fome
agora me liberto
das garras de minha prisão
a noite sou livre dos olhos e da retidão
eu sou um gesto largo
tão largo como uma pluma
tão sóbrio que tenho sobrado
restos de um mesmo mundo
caídas em meus ombros
uma falácia de minhas mãos
ando em todas as direções
sou peixe mar espinho
cura de um sonho que vive
não sei falar aos outros
não sei mas me entendem
os dedos que apontam meu desassossego
faço o que posso
fujo sempre de mim mesmo
e do caçador dos que voam
vou contar então meu segredo
eu voo bem próximo ao chão
por isso não paro de andar
quero continuar voando
quando a noite cai
e os olhos retos
que não curvam jamais
voltam si na escuridão
voo acima das nuvens
lá onde os raios de sol morrem por ultimo
eis que colho minha borboletas
O dia vem
e tenho que voar
mas voo agora bem rente ao chão
não posso deixar me pegar
me prender nas correntes de remédios
e camas de uma macies profundas
não posso olhar pro céu
ando meio cabisbaixo
se não subo ao céu e to ferrado
agora que falei a verdade tenho que lhe avisar
não conta meu segredo de voar
não olhe pra cima até o por do sol
por que se você olhar
cuidado vai se perder
e nunca mais voltar
Postado por
Alan Figueiredo
às
13:30
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Os meus erros
Eu erro em português
erro em todos os cantos
o erro faz parte da escrita
da parte humana que somos
não me preocupo
errei eu sei
concerto os que vejo
no mais que assim seja
erro em todos os cantos
o erro faz parte da escrita
da parte humana que somos
não me preocupo
errei eu sei
concerto os que vejo
no mais que assim seja
Postado por
Alan Figueiredo
às
16:30
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Erro,
Metalinguagen,
português
Novo mundo
o céu azulado
o sol a deitar-se devagar
a beleza de se estar vivo
inaugura um novo mundo
com Paz, Bem e Gentileza
o sol a deitar-se devagar
a beleza de se estar vivo
inaugura um novo mundo
com Paz, Bem e Gentileza
Postado por
Alan Figueiredo
às
16:28
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Quando tudo começou 3
E da musica fez-se a poesia
assinatura do poeta
ente que anda grilo que canta
esperança zinindo cá dentro
A esperança quando juntou-se a lama
e criou os seres viventes
deixou sua marca profunda
que no silencio fez-se a musica
a musica da cabeça do ser humano
somos um ritmo que nos marca
um passo que passa
um som que nos embala
a batida no peito
sorrisos reguladores de frequência
e deste caos e barulho ei que surge uma criança
que une todos os viventes terrestre
Um menino meio arvore e peixe
meio isolado e dono de todas as falas
responsável pela união das coisas
eis que amor brotou da terra
Sesta e Arão
Arão e Sesta
descobriram no colo desta criança
um presente de suas mães
uma flauta que une os sons
o voo da borboleta
com grito constante da esperança
a flauta tinha duas metades
Arão e Sesta pegaram as metades
e dividiram um para cada
formando os sexos que se encaixam
e o amor reinaria na mundo
entre o ar e a terra
paira uma distancia
que separa as partes da flauta
que jamais toca sozinha
o espevitado amor sai em disparada
pega mão de um e o leva até o outro
sorrisos inocentes povoam sua face
enigmatística de amar as vezes sozinho
mais amar
A cada ente na terra
descendente de Sesta e Arão
exite a mão pequena do amor
Puxando as metades da flauta
A busca de Sesta
A busca de Arão
duas metades que se encaixam
formando o uno e a perfeição
E do caos fez-se a luz
mas antes não era escuridão
E da esperança fez-se o escuro
como os zinidos na cabeça dos ser humanos
E assim surgiu todas as coisas
assinatura do poeta
ente que anda grilo que canta
esperança zinindo cá dentro
A esperança quando juntou-se a lama
e criou os seres viventes
deixou sua marca profunda
que no silencio fez-se a musica
a musica da cabeça do ser humano
somos um ritmo que nos marca
um passo que passa
um som que nos embala
a batida no peito
sorrisos reguladores de frequência
e deste caos e barulho ei que surge uma criança
que une todos os viventes terrestre
Um menino meio arvore e peixe
meio isolado e dono de todas as falas
responsável pela união das coisas
eis que amor brotou da terra
Sesta e Arão
Arão e Sesta
descobriram no colo desta criança
um presente de suas mães
uma flauta que une os sons
o voo da borboleta
com grito constante da esperança
a flauta tinha duas metades
Arão e Sesta pegaram as metades
e dividiram um para cada
formando os sexos que se encaixam
e o amor reinaria na mundo
entre o ar e a terra
paira uma distancia
que separa as partes da flauta
que jamais toca sozinha
o espevitado amor sai em disparada
pega mão de um e o leva até o outro
sorrisos inocentes povoam sua face
enigmatística de amar as vezes sozinho
mais amar
A cada ente na terra
descendente de Sesta e Arão
exite a mão pequena do amor
Puxando as metades da flauta
A busca de Sesta
A busca de Arão
duas metades que se encaixam
formando o uno e a perfeição
E do caos fez-se a luz
mas antes não era escuridão
E da esperança fez-se o escuro
como os zinidos na cabeça dos ser humanos
E assim surgiu todas as coisas
Postado por
Alan Figueiredo
às
16:25
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Quando tudo começou 2
Quando a borboleta
filha do Caos com a Deusa mãe
nasceu
a lua mudou de forma
as águas quebram nas pedras
das pedras fez-se areia
das águas fez-se mar
na terra formou-se barro
e a esperança a grilar
nasceu a deusa do acaso
a borboleta nasceu no ar
regendo coisas de dentro
que de fora movia-se
a esperança nasceu do nada
ao nada voltou
um ser único
que brada seus grilos constantes
pouco a pouco
o ruido fundo da esperança
atraia a enorme borboleta amarela
junto a terra borrosa dos pântanos
duas forças se uniram
alunas futuras de lebos
amaram-se profundamente
como a mistura no barro
e desta união
surgiu Aratão único filho
Nascido do barro e sem costelas
primeiro humano a pisar na terra
Sobre Aratão
Enquanto nascia destas forças
a deusa do acaso amarela
penetrou tão profundo na terra
que hoje ela nasce sem asa
um ato de amor materno
transfigurou suas asas
nas costelas de seu filho
e no ultimo sopro de vida
arrastou-se fora do pântano
E deste ato puro surgiu Sesta
Irmã do peito de Aratão
que amaram-se
criando todos os viventes
Hoje que o tempo é passado
e a história é escrita
toda vez que um que ser que se arrasta
pousa em um galho de arvore
refazendo sua costelas de asas
um humano deve voltar ao barro
quando a Deusa sai de seu ninho
gota a gota ela seca a água do barro
e rege todos os movimentos do mundo
Sobre Sesta
No início eram dois
que a terra unia em seu amago
com a união de duas Deusas
do androgeneo fez o sexo
O grilo da esperança
afundou no barro
dividiu-se em duas parte iguais
e cantou dentro de Aratão e Sesta
e o barro levantou-se
A deusa do acaso criou casulo e costela
para ambas as partes
e O Grilo e A esperança
se dividiram em iguais que se encaixam
A esperança formou Sesta
O grilo formou Aratão
pedaços de uma mesma parte
de duas Deusas iguais
Sobre a morte da esperança
Uma esperança nunca morre
não como conchemos a morte
deste lado barrento da morte
Quando canta a cigarra
ou o grilo no mato
um ser nasce
A esperança é mãe, filha, filho e pai
de todos os viventes
e todos feitos de barro
como os humanos
Se um dia morrer a esperança
o barro não mais levantará
e da musica fez-se o silencio
como da fala fez-se o nada
filha do Caos com a Deusa mãe
nasceu
a lua mudou de forma
as águas quebram nas pedras
das pedras fez-se areia
das águas fez-se mar
na terra formou-se barro
e a esperança a grilar
nasceu a deusa do acaso
a borboleta nasceu no ar
regendo coisas de dentro
que de fora movia-se
a esperança nasceu do nada
ao nada voltou
um ser único
que brada seus grilos constantes
pouco a pouco
o ruido fundo da esperança
atraia a enorme borboleta amarela
junto a terra borrosa dos pântanos
duas forças se uniram
alunas futuras de lebos
amaram-se profundamente
como a mistura no barro
e desta união
surgiu Aratão único filho
Nascido do barro e sem costelas
primeiro humano a pisar na terra
Sobre Aratão
Enquanto nascia destas forças
a deusa do acaso amarela
penetrou tão profundo na terra
que hoje ela nasce sem asa
um ato de amor materno
transfigurou suas asas
nas costelas de seu filho
e no ultimo sopro de vida
arrastou-se fora do pântano
E deste ato puro surgiu Sesta
Irmã do peito de Aratão
que amaram-se
criando todos os viventes
Hoje que o tempo é passado
e a história é escrita
toda vez que um que ser que se arrasta
pousa em um galho de arvore
refazendo sua costelas de asas
um humano deve voltar ao barro
quando a Deusa sai de seu ninho
gota a gota ela seca a água do barro
e rege todos os movimentos do mundo
Sobre Sesta
No início eram dois
que a terra unia em seu amago
com a união de duas Deusas
do androgeneo fez o sexo
O grilo da esperança
afundou no barro
dividiu-se em duas parte iguais
e cantou dentro de Aratão e Sesta
e o barro levantou-se
A deusa do acaso criou casulo e costela
para ambas as partes
e O Grilo e A esperança
se dividiram em iguais que se encaixam
A esperança formou Sesta
O grilo formou Aratão
pedaços de uma mesma parte
de duas Deusas iguais
Sobre a morte da esperança
Uma esperança nunca morre
não como conchemos a morte
deste lado barrento da morte
Quando canta a cigarra
ou o grilo no mato
um ser nasce
A esperança é mãe, filha, filho e pai
de todos os viventes
e todos feitos de barro
como os humanos
Se um dia morrer a esperança
o barro não mais levantará
e da musica fez-se o silencio
como da fala fez-se o nada
Postado por
Alan Figueiredo
às
16:21
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
A politica pedra no peito
No meu peito de poeta
trago rimas e passos
pedras e caminhos
botões e laços
O tambor que aqui bate
não clama guerras nem batalhas
implora uma justiça
que é justo sem medida
não há réguas no coração
o justo é o nó bem desatado
passo a passo nunca medido
sempre amado
e luto
pelo meio termo que não tem metade
espaço do latifúndio que não reparte
a força que grita cá dentro
da miséria alheia que não tenho curado
é fácil falar que não tem cura
quando se está a 10 mil pés de altura
e gravatas na barriga
escondendo o falos de cabeça baixa
como é vã seu discurso
doutor fulano sem doutorado
das letras se faz papel
dos pobres oremos a deus
coitados
zumbis que se arrastam
desacordados na tela diária
lendo ajudas de papel impresso
sobrando nas jaulas engorduradas
quero sacudir suas cabeças
pular em seus pescoços
usar minha voz e as palavras
para render nosso carrasco
sim nosso carrasco
a muito venho lutando
venho rimando
espantando sobras que não suporto
Acredite criança no jardim
ainda há liberdade
aproveitemos o pouco de sol
que entra pelas frestas
e façamos com arvores
pacificas e solitárias
andemos de mão dadas
porque o dia há de chegar
trago rimas e passos
pedras e caminhos
botões e laços
O tambor que aqui bate
não clama guerras nem batalhas
implora uma justiça
que é justo sem medida
não há réguas no coração
o justo é o nó bem desatado
passo a passo nunca medido
sempre amado
e luto
pelo meio termo que não tem metade
espaço do latifúndio que não reparte
a força que grita cá dentro
da miséria alheia que não tenho curado
é fácil falar que não tem cura
quando se está a 10 mil pés de altura
e gravatas na barriga
escondendo o falos de cabeça baixa
como é vã seu discurso
doutor fulano sem doutorado
das letras se faz papel
dos pobres oremos a deus
coitados
zumbis que se arrastam
desacordados na tela diária
lendo ajudas de papel impresso
sobrando nas jaulas engorduradas
quero sacudir suas cabeças
pular em seus pescoços
usar minha voz e as palavras
para render nosso carrasco
sim nosso carrasco
a muito venho lutando
venho rimando
espantando sobras que não suporto
Acredite criança no jardim
ainda há liberdade
aproveitemos o pouco de sol
que entra pelas frestas
e façamos com arvores
pacificas e solitárias
andemos de mão dadas
porque o dia há de chegar
Postado por
Alan Figueiredo
às
17:10
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
terça-feira, 27 de julho de 2010
Simples assim
Mas vale um verso voando
que uma epopeia nas mãos
que uma epopeia nas mãos
Postado por
Alan Figueiredo
às
16:13
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Metalinguagen,
Poema,
simples
Versos da modernidade
Do poeta se espera versos
coisas que repitam o pulsar
mimica diária de viver
e passar nas veias do tempo
A coisa viva que sou
este nada travestido de todas as coisas
estas forças diárias que bate no peito
um tom do viver e ir vivendo
Assim vou escolhendo as palavras
com rimas quebras nos versos
no avesso do braço e da folha
sim, outro lado mesmo pagina
palavra em cima de palavra
estrume em cima de estrume
telhados em cima das casas
sigo a ordem deste mundo
vasto mundo de Raimundo
vasto como uma rima
sonhos em dias escuros
onde luzes não carece
tratemos de fechar os olhos
esticar os dedos sem medo
tocar a valsa vienense
de José e Raimundo vivendo
passando pelas portas
subindo escadas do agora
recebendo cheques e gastando
comendo o estomago por dentro
José e Raimundo não sabia que futuro
já foi calculado nas derivativas econômicas
que tentam aprisionar o acaso
matando a enorme borboleta amarela
eles só andava nas ruas
não via protestos
quando via sorria
você está sendo manipulado
tanta solidão informacional
um nó na garganta
fumaça pra dentro
na morte diária
doutor nenhum pode ajudar é inevitável se morre
“ Deuses não morrem acredite”
grande mentira anunciada
na metafisica seca das maquinas
e do poeta se espera versos
que humanize este metal limpo
sujando o coração do sistema
com fluidos orgânicos
originalmente orgânicos
de humanos viventes e sonhadores
fazendo a corrosão do inox
na superação do carbono
e do poeta se espera versos
e nada mais
coisas que repitam o pulsar
mimica diária de viver
e passar nas veias do tempo
A coisa viva que sou
este nada travestido de todas as coisas
estas forças diárias que bate no peito
um tom do viver e ir vivendo
Assim vou escolhendo as palavras
com rimas quebras nos versos
no avesso do braço e da folha
sim, outro lado mesmo pagina
palavra em cima de palavra
estrume em cima de estrume
telhados em cima das casas
sigo a ordem deste mundo
vasto mundo de Raimundo
vasto como uma rima
sonhos em dias escuros
onde luzes não carece
tratemos de fechar os olhos
esticar os dedos sem medo
tocar a valsa vienense
de José e Raimundo vivendo
passando pelas portas
subindo escadas do agora
recebendo cheques e gastando
comendo o estomago por dentro
José e Raimundo não sabia que futuro
já foi calculado nas derivativas econômicas
que tentam aprisionar o acaso
matando a enorme borboleta amarela
eles só andava nas ruas
não via protestos
quando via sorria
você está sendo manipulado
tanta solidão informacional
um nó na garganta
fumaça pra dentro
na morte diária
doutor nenhum pode ajudar é inevitável se morre
“ Deuses não morrem acredite”
grande mentira anunciada
na metafisica seca das maquinas
e do poeta se espera versos
que humanize este metal limpo
sujando o coração do sistema
com fluidos orgânicos
originalmente orgânicos
de humanos viventes e sonhadores
fazendo a corrosão do inox
na superação do carbono
e do poeta se espera versos
e nada mais
Postado por
Alan Figueiredo
às
16:11
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Metalinguagen,
moderno,
Poema
quinta-feira, 15 de julho de 2010
O Amor LTDA
Estou farto desta empresa
que vende metáforas bem pensadas
com vozes ritmadas
para vender-nos comida
e coisas que não precisamos
que vende metáforas bem pensadas
com vozes ritmadas
para vender-nos comida
e coisas que não precisamos
Postado por
Alan Figueiredo
às
17:19
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Amor,
Poema,
publicidade
terça-feira, 6 de julho de 2010
Papel terra que enterra
Esta terra que te cabe neste latifúndio
para terra vão os nobres heróis modernos
essa terra que te cabe
e preenche todos os seus espaços
bala com destino certo
face avessa do nobre terrorista
olho no almoço
olho na janta e dente que come
terra destino
sabia que seus olhos carcomidos
afundaria nesta lama densa
que quanto mais se mexe anfunda
sabia mas foi encontro-la
não há mão amiga revestida de dinheiro
só este papel sujo que rasga
e queima nos cofres públicos
e só papel pintado
que carrega berço
carrega arma
carrega leite
carrega sangue
papel dos dedos
papel frágil papel simples
papel arvores das folhas
papel da vida e do enterro
papel para tudo
cidade de papel
cimento de papel infecundo
não há lavrador no cimento papel duro
metal borracha de papel
papel para tudo
para terra vão os nobres heróis modernos
essa terra que te cabe
e preenche todos os seus espaços
bala com destino certo
face avessa do nobre terrorista
olho no almoço
olho na janta e dente que come
terra destino
sabia que seus olhos carcomidos
afundaria nesta lama densa
que quanto mais se mexe anfunda
sabia mas foi encontro-la
não há mão amiga revestida de dinheiro
só este papel sujo que rasga
e queima nos cofres públicos
e só papel pintado
que carrega berço
carrega arma
carrega leite
carrega sangue
papel dos dedos
papel frágil papel simples
papel arvores das folhas
papel da vida e do enterro
papel para tudo
cidade de papel
cimento de papel infecundo
não há lavrador no cimento papel duro
metal borracha de papel
papel para tudo
Postado por
Alan Figueiredo
às
08:38
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Vida de Gado
Podem cortar a cerca
não faz diferença
não sei fugir
obedeço cotidianamente
Assim passam meus dias
ando por entre a massa ordenada
e aqueles que acham qual quer coisa alem
coitados não enxergam a cerca
não sei o que me segura deste lado
o fio tenso em que me penduro
me arrebenta o choro e cabeça
e assim passam-se os dias
entre um passo e outro
vou sendo feliz no espaço que me cabe
não faz diferença
não sei fugir
obedeço cotidianamente
Assim passam meus dias
ando por entre a massa ordenada
e aqueles que acham qual quer coisa alem
coitados não enxergam a cerca
não sei o que me segura deste lado
o fio tenso em que me penduro
me arrebenta o choro e cabeça
e assim passam-se os dias
entre um passo e outro
vou sendo feliz no espaço que me cabe
Postado por
Alan Figueiredo
às
11:23
2
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Desobendiencia Civil.,
poder,
Poema
A mágica construção moderna
Sujo andava pela rua
a chuva parou a cidade imunda
E ele perdeu sua casa pela água
perdeu seus filhos sua mulher
mas ainda não tinha chegado em casa
não sabia da tragédia que despencava
nem que o barro misturado ao cimento
sufocava seus sonhos seus entes
quando chegou no morro acabado
um vizinho o olhou meio perplexo
com pode estar em pé
em pé estou meu camarada
embaixo da terra e em cima do chão
o desespero saltou-lhe a face
minha família minha casa
a terra engoliu o que no alto estava
a água lavou o morro
levando filhos netos sonhos
levava também um recado
da mistura da terra da água cimento e metal
mistura moderna da arrogância
mistura encrostada na pele do pião
mistura issoça e quebradiça
mistura mágica que se acredita
que tudo faz
a chuva parou a cidade imunda
E ele perdeu sua casa pela água
perdeu seus filhos sua mulher
mas ainda não tinha chegado em casa
não sabia da tragédia que despencava
nem que o barro misturado ao cimento
sufocava seus sonhos seus entes
quando chegou no morro acabado
um vizinho o olhou meio perplexo
com pode estar em pé
em pé estou meu camarada
embaixo da terra e em cima do chão
o desespero saltou-lhe a face
minha família minha casa
a terra engoliu o que no alto estava
a água lavou o morro
levando filhos netos sonhos
levava também um recado
da mistura da terra da água cimento e metal
mistura moderna da arrogância
mistura encrostada na pele do pião
mistura issoça e quebradiça
mistura mágica que se acredita
que tudo faz
Postado por
Alan Figueiredo
às
11:22
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
O ridículo
A rima é ridícula
O poeta é ridículo
é ridículo ler poesia
mas eu adoro ser ridículo
O poeta é ridículo
é ridículo ler poesia
mas eu adoro ser ridículo
Postado por
Alan Figueiredo
às
11:20
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Metalinguagen,
Poema
O caminho
No meio do caminho
não tem pau ou pedra
nem um fim de resto no tacho
o caminho é meio que no meio
é uma metade que não tem inteiro
um nó que não se acaba
não tem pau ou pedra
no meio do caminho
o caminho acaba ao meio
inteiro reduzido ao instante
ninguém sabe do ultimo suspiro
talvez ficou algo pendurado na estante
tabuletas nas paredes dos bares
roupas no rol que não se lava
e o poema que jamais será escrito
as pedras não passam do caminho
cacos de vidro coisas agudas pra machucar
toco, madeira e vamos rir pra não chorar
A grande ilusão de caminhar adiante
de ser caminhante de caminhos tortuosos
sim
pedra
flor
cacos
forma
cor
nomes alheios
livros estantes e dedos
tecendo a teia de se caminhar
não tem pau ou pedra
nem um fim de resto no tacho
o caminho é meio que no meio
é uma metade que não tem inteiro
um nó que não se acaba
não tem pau ou pedra
no meio do caminho
o caminho acaba ao meio
inteiro reduzido ao instante
ninguém sabe do ultimo suspiro
talvez ficou algo pendurado na estante
tabuletas nas paredes dos bares
roupas no rol que não se lava
e o poema que jamais será escrito
as pedras não passam do caminho
cacos de vidro coisas agudas pra machucar
toco, madeira e vamos rir pra não chorar
A grande ilusão de caminhar adiante
de ser caminhante de caminhos tortuosos
sim
pedra
flor
cacos
forma
cor
nomes alheios
livros estantes e dedos
tecendo a teia de se caminhar
Postado por
Alan Figueiredo
às
11:18
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Poema
O caboclo amazônico
Poema dedicado ao Caboclo velho Pirua
que conheci em viagem a Manaus
nos dedos de prosa
dessa vida
que conheci em viagem a Manaus
nos dedos de prosa
dessa vida
De riso frouxo
voz mansa e dedo na costela
senhor de terras pequenas
na amazônia gigante
todo essa floresta
que eu homem tão cinza
não consigo imaginar
o tamanho deste mundo
e ele conta seus contos
dia a dia vai vivendo
lembrando as coisa
nunca esquecendo
terra à cultivar
mata intocada
o grande ar condicionado noturno
na força desse caboclo
e fala sorrindo
“eu e que não gasto luz
com esse mato do lado
é melhor que qualquer condicionado”
e vai no mesmo carro que eu
operar uma catarata
que os olhos da vida ainda não comeu
ficou embaçado no canto da mata
Itaquatiara
na grande viajem a Manaus
a cidade grande no meio da mata
opera os olhos desse caboclo
tão cheois de políticas
e a vida que vai sumindo aos poucos
escorrendo por entre os dentes
queimando nas matas
e corre o vento fresco da noite
as janelas se abrem
ventilador não carece
nem esse tal computador
“que carrega no bolso
todas as coisas do mundo”
dizia o caboclo insatisfeito
dessa maquina que tudo sabe
eu no auge do meu respeito
disse com os olhos mareados de amor
que sábio mesmo era o caboclo
vive na fresquidão da floresta e não carece luz elétrica
e o caboclo macho que só cão
amoleceu seu coração velho solitário
soltou uma gargalhada simples e verdadeira
e disse em tom solene esse tal calculador não tem nada não
O caboclo dono da verdade da mata
tinha toda razão
não se calcula o amor do pião
com maquina nenhuma não
Postado por
Alan Figueiredo
às
11:15
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
A Safo de lebos
Dizem por ai
que safo a poetiza
se apaixonou por um marinheiro
Agora que o tempo é passado
é fácil dizer por ai
mas na boca do marinheiro
ainda ficou seu nome
como coisa de boa sorte
tá safo! gritou o marinheiro
o convés seco o problema resolvido
coisa boa no peito
e a verdadeira Safo
Aquela do amor eterno
ficou no colo do marinheiro
que a levou pro mar longe da terra
e agora a traz de volta
ela que recusou o poeta brilho dos olhos
que ensinou meninas o outro lado do amor
mais terno e constante
depois do luxo e da rejeição
fugiu com um amor marinheiro
e com todos os amores rejeitados
hoje que o tempo é passado
leio migalhas dessa verdadeira safo
mas tá safo
fiquemos assim
imaginando esse décima musa da lira
alem das aparências e luxurias
homem que vive no mar
no sarrafo que segura tudo
mulher que fica a esperar
dois lado mesmo e iguais
tá safo
não há vitimas
nem revanchismos
mas revanche é uma outra história
que safo a poetiza
se apaixonou por um marinheiro
Agora que o tempo é passado
é fácil dizer por ai
mas na boca do marinheiro
ainda ficou seu nome
como coisa de boa sorte
tá safo! gritou o marinheiro
o convés seco o problema resolvido
coisa boa no peito
e a verdadeira Safo
Aquela do amor eterno
ficou no colo do marinheiro
que a levou pro mar longe da terra
e agora a traz de volta
ela que recusou o poeta brilho dos olhos
que ensinou meninas o outro lado do amor
mais terno e constante
depois do luxo e da rejeição
fugiu com um amor marinheiro
e com todos os amores rejeitados
hoje que o tempo é passado
leio migalhas dessa verdadeira safo
mas tá safo
fiquemos assim
imaginando esse décima musa da lira
alem das aparências e luxurias
homem que vive no mar
no sarrafo que segura tudo
mulher que fica a esperar
dois lado mesmo e iguais
tá safo
não há vitimas
nem revanchismos
mas revanche é uma outra história
Postado por
Alan Figueiredo
às
11:12
1 comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Quando tudo começou
E do silencio
fez-se a musica
como que do nada
fez-se a fala
o tempo riscou
na pedra da fala passada
seu amor final
de uno e do nada
oh senhor de barabas branca
humanizemos!
Este é Senhor do tempo e do mar
e das distancias da saudade
é um velho que carrega a tira colo
as nostalgias do sono
Orfeu é seu criado filho da borboleta
com a esperança sim duas mulheres e uma cria
O sono penetra devegar
baila a valsa do agora
abre os olhos internos
de pálpebras que não piscam
não piscam jamais os olhos de dentro
e Orfeu tem um irmão mais velho
este mais lento e profundo
que toca-nos dia a dia
o belo travesti negro da morte
não há nada após seus olhos fechados
apenas um grande poço obscuro e profundo
onde caímos em nós mesmos
é quando as palpebras de dentro se fecham
ou piscam quem sabe
não tem lado após os olhos de dentro
nem face nem fronte
é um espectro de si
um espelho fosco de narciso
A morte é o senhor do ridículo
retorno dos deuses
E quando nasci
junto com este universo
sabia todas as coisas
eu erá todas as coisas
da força primeira não sei
precede o silencio de minha fala
mas sei que sou tão velho
como todas as coisas que conheço
fez-se a musica
como que do nada
fez-se a fala
o tempo riscou
na pedra da fala passada
seu amor final
de uno e do nada
oh senhor de barabas branca
humanizemos!
Este é Senhor do tempo e do mar
e das distancias da saudade
é um velho que carrega a tira colo
as nostalgias do sono
Orfeu é seu criado filho da borboleta
com a esperança sim duas mulheres e uma cria
O sono penetra devegar
baila a valsa do agora
abre os olhos internos
de pálpebras que não piscam
não piscam jamais os olhos de dentro
e Orfeu tem um irmão mais velho
este mais lento e profundo
que toca-nos dia a dia
o belo travesti negro da morte
não há nada após seus olhos fechados
apenas um grande poço obscuro e profundo
onde caímos em nós mesmos
é quando as palpebras de dentro se fecham
ou piscam quem sabe
não tem lado após os olhos de dentro
nem face nem fronte
é um espectro de si
um espelho fosco de narciso
A morte é o senhor do ridículo
retorno dos deuses
E quando nasci
junto com este universo
sabia todas as coisas
eu erá todas as coisas
da força primeira não sei
precede o silencio de minha fala
mas sei que sou tão velho
como todas as coisas que conheço
Postado por
Alan Figueiredo
às
09:57
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Assinar:
Postagens (Atom)