segunda-feira, 28 de junho de 2010

A Safo de lebos

Dizem por ai
que safo a poetiza
se apaixonou por um marinheiro
Agora que o tempo é passado

é fácil dizer por ai
mas na boca do marinheiro
ainda ficou seu nome
como coisa de boa sorte

tá safo! gritou o marinheiro
o convés seco o problema resolvido
coisa boa no peito
e a verdadeira Safo

Aquela do amor eterno
ficou no colo do marinheiro
que a levou pro mar longe da terra
e agora a traz de volta

ela que recusou o poeta brilho dos olhos
que ensinou meninas o outro lado do amor
mais terno e constante
depois do luxo e da rejeição

fugiu com um amor marinheiro
e com todos os amores rejeitados
hoje que o tempo é passado
leio migalhas dessa verdadeira safo

mas tá safo
fiquemos assim
imaginando esse décima musa da lira
alem das aparências e luxurias

homem que vive no mar
no sarrafo que segura tudo
mulher que fica a esperar
dois lado mesmo e iguais

tá safo
não há vitimas
nem revanchismos
mas revanche é uma outra história

Um comentário:

Alexandre Pedro disse...

Alan, vc escreve muito bem, tô adorando tudo!
Ow, anota meu e-mail....tô numa correria terrível...quero ler ser blog inteiro, mas tá impossível, e é tão injusto passar aqui às pressas...
alexandre.eells@gmail.com
abraço