Que caiam todos os formalismos agora
Estamos na esquina de nossas casas
A discutir o que?
Se não questões antigas da boa convivência
Questões antigas do dominado e dominante
Contrastes necessários
Para se escolher um lado
Este não ... Aquele
Aquele lado é que devo
É que devem estar todos
Estrapolações do Eu para um tu
Deves!
Baratas tontas no noticiário
Quem há de ser o dominante?
Quem há de ser o dominado?
Pouco importa
Pouco se sabe
Um pequeno recorte apenas
De uma grande realidade
Inenarrável sempre
Retiramos os óculos
E o mundo é cinza
Talvez não sabemos enxerga-lo
Com os nossos olhos modernos de sei lá o que ... e o que é isso? que seja
Não há síntese
Porque não há o todo para se chegar
Não há analise
Porque não há o todo para derivar
Ah!
A matemática ... se perdeu
No buraco negro das dimensões calculáveis
E para lá voam especialistas
Que não voltam jamais
A física ... se perdeu
Na roda da fama temporária
Hoje suspendamos todo formalismo
E falemos francamente
No calidoscópio de nosso tempo
No limite do virar a lente lentamente
Eis que a verdade surge tão obvia
A luz penetra nas pedras
A força da gravidade
Faz cair os grãos para o outro lado
Na crise
Na crise da confiança
Na crise dos paradigmas temporariamente estáveis
Na crise ... voltamos sempre
Mas para onde?
Se há um Deus ... meu deus para onde?
Se não há deus nenhum também que seja
Para onde?
Afinal voltar para onde?
Se eu não parti de lugar algum
Se quando eu cheguei
Já era como era
Voltar para onde? se eu nem fui
Se experimento pela primeira vez
Cada segundo ... após o outro
E outro e outro ...
Como posso eu voltar?
Mas não voltar também seria estar parado
Afinal aprendi que é sempre adiante
E largo tudo para lado de não sei onde
E olho pela janela de minha casa
E não há esperança de resposta
São só perguntas
Belíssimas perguntas motorizadas
Perguntas que passam voando
Perguntas que andam ordinariamente
Andam
Eis que a campainha tocou ...
Respirei fundo com que volta de não sei onde
Abri a porta
Era meu o meu vizinho
O crente
Ele falou com a cara mais deslavada e bonachona
Que se pode ter
“ei vizinho!
Estamos sem água!”
Olhei aqueles olhos tão certos de tudo
Mas seu sorriso era qualquer coisa de duvida
Então ... corri
Corri para o torneira
Como se ali
Naquele assertiva ordinária
Estivesse toda certeza do mundo
Abri a torneira
E a pouca água que minou no resto do cano
Me encheu de uma pequena grande certeza
Que suspendam todo o formalismo
Mas hoje ... posso duvidar das mentiras de todos os jornais
Posso me afogar neste mar de noticias informais
Mas devo crer em meu vizinho
Ao menos ... só um pouco
Um pouco
Como sempre foi
Um pouco
A força da gravidade
Faz cair os grãos para o outro lado
Na crise
Na crise da confiança
Na crise dos paradigmas temporariamente estáveis
Na crise ... voltamos sempre
Mas para onde?
Se há um Deus ... meu deus para onde?
Se não há deus nenhum também que seja
Para onde?
Afinal voltar para onde?
Se eu não parti de lugar algum
Se quando eu cheguei
Já era como era
Voltar para onde? se eu nem fui
Se experimento pela primeira vez
Cada segundo ... após o outro
E outro e outro ...
Como posso eu voltar?
Mas não voltar também seria estar parado
Afinal aprendi que é sempre adiante
E largo tudo para lado de não sei onde
E olho pela janela de minha casa
E não há esperança de resposta
São só perguntas
Belíssimas perguntas motorizadas
Perguntas que passam voando
Perguntas que andam ordinariamente
Andam
Eis que a campainha tocou ...
Respirei fundo com que volta de não sei onde
Abri a porta
Era meu o meu vizinho
O crente
Ele falou com a cara mais deslavada e bonachona
Que se pode ter
“ei vizinho!
Estamos sem água!”
Olhei aqueles olhos tão certos de tudo
Mas seu sorriso era qualquer coisa de duvida
Então ... corri
Corri para o torneira
Como se ali
Naquele assertiva ordinária
Estivesse toda certeza do mundo
Abri a torneira
E a pouca água que minou no resto do cano
Me encheu de uma pequena grande certeza
Que suspendam todo o formalismo
Mas hoje ... posso duvidar das mentiras de todos os jornais
Posso me afogar neste mar de noticias informais
Mas devo crer em meu vizinho
Ao menos ... só um pouco
Um pouco
Como sempre foi
Um pouco
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