Caiam gigantes mundos
o mar entra pelas frestas
e eu surdo e imundo
dos jornais do agora
seja o que for dito
não é mais presente
ausência do dialogo
sim morte instantaneamente
como se fosse um bebado
sujo das quinas dos muros
completo alienado mundo
das verdades dos fluxos
e seja como for
aquilo que se disse antes
não passa de um pedaço
amassado do instante
que não foi
que não é
jamais representado
e os sinos dobram
lembrando-me do momento
e de fazer-nos a ultima prece
porque a morte não tarda
Rezemos
informação que há por vir
santificado seja vosso nome
criaremos o vosso reino
e que assim seja nossa vontade
tanto na terra
quanto no ceu
o jornal de cada dia me traz hoje
contemplais vossas ofensas
assim como contemplo
os meus ofendidos
não nos deixais sentir a informação
e livrai-nos do mal
amem
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