Queria escrever estes versos
Que ando curtindo faz tempo
Mas não posso escreve-los
Não sei escreve-los
Queria poder entender o silencio
Vive-lo como quem passeia nas ruas
Mas não posso
O poder tem destas vacuidades necessárias
E o silencio é de uma ignorância absoluta
Mas o que faço ante este estes versos
Em caio?!
Tenciono as cordas da linguagem
Hum ... e solto uma a uma
Quase me escapo por entre os dedos
Mãos que tateiam antes de possuir
E não possuem
Mera ilusão deste vazio solitário
Poço sem fundo
Cavernas de uma vontade vã
Controles incontroláveis
Não pode
Estás no limite
De um sonho que nunca foi real
Mas é tão presente que posso sonha-lo
Não pode
Na costura do destino
És o nó de um só ponto
Bordados a revelia de uma deusa pagã em tudo
Não pode
E ai daquele que tenta decifra-los
Cessem o necessário
Suspendam o superfulo
E não há vida que caiba
Esta é a nossa sorte
Do poder estar sempre aprisionado no silencio
Ou no momento presente
Depois
Silêncios
Inevitáveis
Contingências da realidade
Não
Não pode
Mais uma vez espirou
Por entre os versos e as metáforas
Mais uma vez
Falhou
Em por ordem
Nas palavras
Nas palavras?!
Não
Não posso impor minha arrogância
No seio de um entendimento
Que não é meu
Nuca fostes tu de fato
Nem eu ... nem nada
Apenas um dialogo interno
Absolutamente arbitrário de minhas querências
Para com as coisas do mundo
Reais ... absurdamente reais
No fundo
Eu quis fazer uns versos
Mas não pude
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