A praia tem qualquer coisa do tempo
Do sol que penetra a escassa sombra
E ficamos assim com estes olhares
perdidos
Na imensidão azul das águas distantes
Mar mãe de todas as coisas que vive
Eterno movimento
Ir e vir de energias solares
Que se faz presente nas ondas a quebrar
Areia que delimita meu caminhar
Vento que varre meu pensamento
É sempre um quando presente
Um agora curtido no sol
Esta sombra que me guarda
É o pouco que me resta
O nó desta vida que desata
Na mansidão serena
Eis que vão escorrendo pelas águas
Todos os pegue e pagues da vida
Todo desespero não passa de uma criança
correndo
E a bola que não para ante sua querência
As coisas se diluem não necessidade
A temporalidade não é mais que areias
Rolando neste leve ventar
Que não venta de fato
É um afago na face dura do cimento
Um convite ao sono dos justos
Uma delicia para alem dos que sonham
Na leveza intransponível da existência
A praia de areias fofas
De movimentos únicos
Na sorte dos que projetam o futuro
Passos atentos de olhos distantes
Que todo conforto seja negado
Mas a sombra de uma praia
Esteja sempre acolhedora
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