quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Devaneios poéticos

O subjetivismo de minhas palavras
Esbarra entre a certeza de não se saber nada
E a ciência que tenho eu do mundo
Assim vou passando por estes versos

Versos sem fundo
Tal como o saber de tudo
Perdido no fundo do armário
No fundo desta metáfora ruim

Talvez a vida seja
Uma metáfora ruim e sem graça
Este eu que escreve
Hoje não esta bem

Não pode estar

Sigamos os olhos então
Eis que deixei o declive do dente da engrenagem
Machucar meus braços
Olhemos ao sol

Afinal tudo não se reduz a palavra
A consciência de se estar consciente
É o maior engodo dos iluminados
Ratos girando na esteira da perdida ciência

Uns gritam bem alto
Como se gritar aliviasse a verdade do peito
"somos nós os novos deuses"
E quem discordar será tachado de retrogrado

Eu que não sei falar se não de mim
Eu que jamais pulei o muro defronte minha realidade
Não posso lutar com estes versos
Deslealdades realísticas

Eu não sei gritar

Pensando bem não sei lutar
se não para mim
Um egoísmo de saber só para si
O louco eu perdido cá dentro

Sonhando sozinho
Tal como uma criança
Olhando o muro defronte
Não vai pula-lo

Mas já pulou e não gostou do que estava alem
Por isso volto choramingando ilusões
Contemplou o muro sonhando
E sonhou de mais meu menino

E voltou a dormir
O sono perpetuo
Da ignorância e da inocência
Porque saber que sabe é um estado de espírito

Uma afirmação metafísica
Deixemos os profetas cuidar disso
Cuidemos de nossa vida
Porque o caminho é curto


E são muitas as pedras dessa vida

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