O subjetivismo de minhas palavras
Esbarra entre a certeza de não se saber nada
E a ciência que tenho eu do mundo
Assim vou passando por estes versos
Versos sem fundo
Tal como o saber de tudo
Perdido no fundo do armário
No fundo desta metáfora ruim
Talvez a vida seja
Uma metáfora ruim e sem graça
Este eu que escreve
Hoje não esta bem
Não pode estar
Sigamos os olhos então
Eis que deixei o declive do dente da
engrenagem
Machucar meus braços
Olhemos ao sol
Afinal tudo não se reduz a palavra
A consciência de se estar consciente
É o maior engodo dos iluminados
Ratos girando na esteira da perdida ciência
Uns gritam bem alto
Como se gritar aliviasse a verdade do peito
"somos nós os novos deuses"
E quem discordar será tachado de retrogrado
Eu que não sei falar se não de mim
Eu que jamais pulei o muro defronte minha
realidade
Não posso lutar com estes versos
Deslealdades realísticas
Eu não sei gritar
Pensando bem não sei lutar
se não para mim
Um egoísmo de saber só para si
O louco eu perdido cá dentro
Sonhando sozinho
Tal como uma criança
Olhando o muro defronte
Não vai pula-lo
Mas já pulou e não gostou do que estava alem
Por isso volto choramingando ilusões
Contemplou o muro sonhando
E sonhou de mais meu menino
E voltou a dormir
O sono perpetuo
Da ignorância e da inocência
Porque saber que sabe é um estado de
espírito
Uma afirmação metafísica
Deixemos os profetas cuidar disso
Cuidemos de nossa vida
Porque o caminho é curto
Nenhum comentário:
Postar um comentário