quinta-feira, 16 de maio de 2013

O poeta no mar

As amarras ficaram brandas
nada ultrapassou a linha
a razão há de dominar sempre
mas ele sumiu por três dias

completos dias perdidos
entre ETS medos e perseguições
voa meu caro marítimo
realizando o real por dentro

fazendo da vida uma aventura
um alem da realidade crua
quem há de entender tudo
se não o mais sábio dos desajustados?

Ele para diante de meus olhos
enxerga a vida deslocando das beiradas
toda razão definhando
ouvindo a voz de uma emoção alinhada

O sopro da vida aos sete de idade
projeto numero sete meu caro poeta
sim eu fiquei sabendo
sou o sétimo de minha geração

Abdução

Somos gado para ELES
Quem será o próximo?
O gato sorria e dizia:
tu és o escolhido meu caro

viva a vida ELES diziam
e eu dragava o canal do meu ser
Qual é a minha missão
a verdadeira missão da vida?

O louco no bom sentido
sempre o bom sentido
o bom de todos os bons
a voz que encurta a razão

trabalha este poeta do mar
faz de sua vida viagem
navegar pelos mares brasileiros
e buscar o sentido primeiro

Ou aquele eu perdido aos sete de idade
traumas da criança sensível
pontos na carta da vida
derrotas por demais navegáveis

firme meu filho
grita a segunda voz
a voz que vem do infinito
imperativa o espelho tenso do ser

Dói de mais ele dizia
quem vai curar esta dor
retirar esta voz que me cala
que ressoa cá dentro

Não
não faça isso comigo
mas fazem ELES
Eus de nos profundos

e digo
concordamos
repita

Ah! o plural

a luta velada do ser
transbordada nas beiradas
do poeta do mar

bem
das seres
concordamos

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