toda esta espera
cheia de contemplação
para com tudo que vejo
revejo no silencio
aquele ponto mal
disfarçadoque vai desfiando a mascara que uso
este teatro de fantoches comerciais
Quem há de desfiar meu
fantoche
meu engodo carregado de
desesperoesta ânsia de vontade conciliadora
este eu no palco das efemeridades profundas
tenho forças para tal
empreitada?
Desafiar a maquina de
fantoches
e seus deuses caídos
de um helenismo podredeuses do enterimento patético
com uma humanidade para com todo não-humano
deuses do rir a toa e dos números da querencia
pregam as pessoas com martelos virtuais
ativam metralhadoras com o apertar de dedos
e sorrisos de uma sutileza cruel
negociam vidas e
espaços no tempo
negócios e créditos
inexistentes
a crença é sua mais
alta moedados crédulos fervorosos do capital
com uma ignorância profunda para a vida
medem a vida com moedas
ocas
recheada desta
ignorância pregada no jornalde um falar para tolos
rir é o remédio desta depressão cronica
subam no palco e
compartilhe sua depressão
com a mais cruel das
gargalhadasinsultem a plateia e seus farfalhar tolo
seu remexer na realidade torta
e cantem nas esquinas e
nos bares
salve o pão e a morada
a cerveja e a
ignorânciae porque não os milionários
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