Talvez sejam estes meus últimos versos
ultimo sopro de qual quer coisa vivida
Talvez amanhã não exista
invento minhas saudade pelo novo
Viva ao novo!
O novo de uma velhice entranhada
uma sabedoria profunda
Assim quero meu ultimo poema
repleto de simplicidade
o amor pela vida
que transborda da beirada do poema
o amor pela vida me faz levantar nas manhãs
Eu quero meu ultimo poema
Eu quero agora!
Como nunca quis querer antes
que acabe meus versos no mar
boiando a deriva
como um louco navio velho
eu quero meu ultimo poema
como o cheiro de um navio velho
tão seu de gente passada
impregnado de sal que gruda na antepara
Que meu ultimo poema seja como um navio velho
Vagando a ermo em sua ultima viagem
Seu velho capitão a observar o horizonte
com uma atenção desalinhada
De chinelos no passadiço
Assim quero meu ultimo poema
Solto de suas próprias amarras
navegando reto e sem destino
esperando chegar a todos os destinos
Assim eu quero meu ultimo poema
o ultimo escrito a boiar
no mar da minha vida que foi
Tal como o velho Capitão
deixarei no cais da saudade
as lembranças e meus poemas
e lá de longe
onde a mente não alcança
vou arrastar meus chinelos
e terei feito
meu ultimo poema
5 comentários:
Oi Alan! Parabéns pelo belíssimo poema, um passeio pela vida até o momento onde mesmo arrastando os chinelos ainda deixará nascer um poema de onde a mente nem alcança
Oi Marcela
Que bom ver você aqui!
Agradecido pelo comentario
como sempre gentil.
Vamos misturando
Até Alan
Oi Alan, aqui é Jéssica namorada do maycon.. Adorei os poemas, e obrigado pelo e-mail da coca-cola rsrs, me encorajou a continuar sem toma-lá, rsrs...
Oi Jessica que bom que gostou
Vamos assim misturando
Até Alan
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