Uma garça na lagoa imunda
Uma graça em pelo
Com seu desfiado vestido branco
Vai por sacolas plasticas e garrafas
Uma garça na lagoa imunda
Que teima em estar viva
Por entre óleos e esgotos
Graças fazendo a refeição matinal
Ainda resiste a vida
Do pouco que se sobrou
Sai a garça de vestido desfiado
Altiva a se enrolar em sacolas plasticas
Sujando a barra da sai
E sai voando assim de lado
Para em uma pedra
Estica seu gracioso pescoço
e voa feliz
Como só as garças podem fazer
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