quinta-feira, 28 de julho de 2011

Um Domingo

Uma vastidão desertica invade o domingo
O centro da cidade maravilhosa
E um passo apertado
Foge deste vasio

Olho os edificios parados
Não há movimento
Só corbetores cinzas na sarjeta
Ousam dar movimento
Aquela paisagem insolita

O sol invade as gretas dos predios
Nem um carro passa na rua
Como num filme surreal
Parece que o amanhã não existe
Não cabe pessoas neste vasio

E o vasio se enche de vida aos poucos
Cabeças de estomagos vasios
Erguem-se do chão imundo
Na sargeta de um caixa eletronico
A dois passos do papel solução do estamago

Uma parede de vidro fechada
O trincar de dentes a muito desgastados
Embalam a sono profundo
Deste morador de rua
Que mora de fato aos domingos

Ele me olha de subito
Como que acordando de uma outra realidade
Me envergonho de ser o intruso
Tentor limpar meus pés
Mas é vã minha tentativa

Viro-me e saio de sua morada
Sem adeus nem promessas de voltar
Não pude conter as lagrimas
Nem o passo apertado como o coração
Saio da cena para dar normalidade ao dia

Hoje vou trabalhar
É domingo
E a vida começa aos domingos
Só aos domingos

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